DME 28


Dias de Música Electroacústica
  30 Abril - 1 Maio 2016 | Casa Municipal das Artes - Conservatório de Música de Seia

Trata-se da 28ª edição do Festival DME a decorrer na região da Serra da Estrela e a 46ª de todas as edições que decorreram desde a primeira edição do festival (em 2003, em Cracóvia), em lugares como: Brasil, Filipinas, Madrid, Lisboa, Porto, Algarve, e.o.
Neste festival destaca-se a presença: 
- do compositor turco Mehmet Can Özer, anteriormente presente no Festival DME #8 (em 2008) e que regressa agora para novas estreias em Portugal com obras com electrónica em tempo real; 
- do compositor americano Jeff Treviño, que ficará mais de um mês na residência artística do Festival DME, em Seia, e que apresentará a sua música instrumental e electrónica;
- do violinista Ludovic Afonso, solista do Ensemble DME - Collegium Musicum Electroacústico, que estreará em Portugal peças dos 2 compositores referidos anteriormente;
- dos improvisadores João Neves (recentemente vencedor da Startup Lisboa Momentum com a sua guitarra eléctrica Sensi Guitar - http://observador.pt/2016/02/19/sensi-guitar-nao-ha-guitarra-do-joao/ ) e de Abdul Moimême (amplamente conhecido pelo seu trabalho exploratório da guitarra eléctrica, com largos anos de experimentação neste campo), ambos a fechar esta edição do Festival DME 28|46. 

PROGRAMA

Sábado, 30 de Abril 2016 - CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE SEIA - CASA MUNICIPAL DAS ARTES
19h - Tertúlia com os músicos Mehmet Can Özer, Jeff Treviño e Ludovic Afonso (evento surpresa)
21h30 - Concerto com o solista do Ensemble DME - Ludovic Afonso | Música de Mehmet Can Özer e Jeff Treviño

Mehmet Can Özer  




Mehmet Can Özer, Ludovic Afonso e Jeff Treviño


Domingo, 1 de Maio 2016 - CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE SEIA - CASA MUNICIPAL DAS ARTES
15h - Tertúlia com os músicos Abdul Moimême e João Neves (evento surpresa)
17h - Concerto Abdul Moimême e João Neves


Abdul Moimême 
João Neves









BIOGRAFIAS

Mehmet Can Özer nasceu em 1981. A sua carreira profissional teve início quando foi aceite na Bilkent University FMPA, no departamento de composição, com uma bolsa de estudo. Estudou composição e direção orquestral com Bujor Hoinic. Após a sua graduação, foi aceite no Conservatoire de Géneve, nos departamentos de composição instrumental e electroacústica. Aí trabalhou com Michél Jarrell e Rainer Boesh. Mais tarde, estudou no Zurich HMT com Gerald Bennett.
   Participou no  Halici-Midi Composition Competition (1998), Bourges International Electroacoustic Music Competition (2003 and 2007), recebeu o Goethe Institute Artist Award (2006) e o SWR Experimental Studio Grant (2008).
   Apresentou-se em vários festivais internacionais como Bourges (França), AudioArt (Polónia), Remusica (Kosovo), Busan Biennale (Coreia), Pyramidale (Alemanha), Acousmania (Roménia), SMC (Grécia), Generator (Suiça), Electro-Globe (Bélgica), Create (EUA), EMUfest (Itália), Ankara International Music Festival (Turquia), Granada Festival (Espanha), Estoril Festival (Portugal), DeSonanz (Macedónia), Apparat (Dinamarca), Notam (Noruega), Exposition of New Music (República Checa), Animafest (Bélgica), Bimbache (Alemanha), Berlinale (Alemanha) e ministrou masterclasses também nestes locais. Para além de receber encomendas no seu país de origem, recebeu também do I.M.E.B. (França), Musiques-Recherches (Bélgica) e o EMS (Suécia) convidou-o a compor uma peça nos seus estúdios. Em 2005, criou uma série de concertos de música electroacústica em Ankara e organizou vários concertos até 2007. Em 2008, recebeu uma encomenda do Goethe Institute para o filme mudo de Ernest Lubitsch, "The Oyster Princess" e deu concertos improvisados pela Turquia.
   Em 2009, o primeiro CD de música electracústica na Turquia "Siyah Kalem's Dance”, foi lançado. Em 2010, recebeu uma encomenda do Thyssen-Bornemisza Art Contemporary (Viena) para o "The Morning Line”, pavilhão de som e do Visisonor Foundation (Amsterdão) para o seu projecto "Siyah Kalem”. Em 2012, o seu segundo álbum "Sonpozisyonlar" foi lançado na Europa com a discográfica Berlinz Records.
   Actualmente, encontra-se a trabalhar no seu software "Aşure" e dar concertos utilizando-o. As composições instrumentais de Mehmet Can Özer foram também apresentadas em vários locais e o compositor continua a escrever tanto para instrumentos, como para electrónica. É também professor na Yaşar University, İzmir.


Jeffrey Treviño (n. 1983, Los Angeles, USA), Professor Assistente de Música e Tecnologia na Universidade do Colorado, licenciou-se em Música, Ciência e Tecnologia na Universidade de Stanford. Mestrado e Doutoramento em Composição Musical pela Universidade da Califórnia em San Diego. O seu trabalho reinventa a performance, a composição e a audição através de novas aplicações tecnológicas.
Como compositor, as suas obras orquestrais, de câmara, e a solo, acústicas e eletroacústicas, têm sido estreadas internacionalmente por solistas e ensembles aclamados no Oberlin Conservatory Percussion Institute, International Computer Music Conference, New York City’s Symphony Space, Stuttgart's Akademie Schloss Solitude Summer Residencies, the Seoul International Computer Music Festival, Mexico’s Visiones Sonoras Festival, SIGGRAPH, the International Conference of the Society for Improvised Music, the Freiburg Hochschule für Musik, June in Buffalo, Portugal’s Vila Real Conservatory, New York City’s Miguel Abreu Gallery, the Carlsbad Music Festival, Berlin’s Hanns Eisler Akademie, e Mayo Clinic.
Pianista e tubista exímio, Treviño tem actuado em locais de enorme prestígio, como o Carnegie Hall, o Sheldonian Theatre, a Sydney Opera House, e o Walt Disney Concert Hall em Los Angeles. A sua mais recente colaboração, um duo de piano e theremin com o virtuoso Dorit Chrysler, vai-se apresentar em novembro com o romancista convidado Sean Michaels.
Como investigador em tecnologia musical e em desenvolvimento de software, os comentários e pesquisas de Treviño em filosofias da expressão musical, a concepção de instrumentos electrónicos e visualização de informação automatizada para a prática de performance histórica têm sido publicados no Computer Music Journal (MIT Press) e no Journal of Computing e Património cultural (Association of Computing Machinery) e apresentados na International Conference on New Interfaces for Musical Expression. Mais recentemente, o Museu MIT exibiu a sua instalação Variations na sua exposição de 2014-15, Inventions. Além da sua contínua contribuição no desenvolvimento de software para os projetos de notação musical Python, Abjad e nCode, é membro do recém formado W3C Music Notation Community Group, dedicado à manutenção e desenvolvimento de especificações de formato e linguagem para notação musical na web, desktop, e aplicações móveis.
Inspirado pelas animações experimentais de John e James Whitney, o seu mais recentemente inventado hobby consiste em desenhar arte visual através de algoritmos gerados com um computador.


Ludovic Afonso
    Professor de violino no Conservatório de Música de Seia e violinista assíduo nos Festivais de Música Electroacústica com o Ensemble DME - Collegium Musicum Electroacústico. Iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Camille Saint-Saens em Paris com 5 anos de idade. No ano de 1998 muda-se para Portugal, país onde se formou e onde atualmente trabalha. Estudou violino na Escola Profissional de Mirandela, passando pelo Piaget na classe do Professor Roberto Valdés e Posteriormente para a Universidade de Aveiro onde obteve o grau de mestre em Ensino Vocacional do Violino.
    No que diz respeito a master-classes e aulas particulares, trabalhou com os seguintes professores: Max Rabinovich, Franck Preuss, Mikhail Bezvernhy, Serguey Kravchenko, Gustavo Delgado, Roberto Valdés, Gerardo Ribeiro, Aníbal Lima, Zoltan Santá, David Wyn Lloyd, Valentim Stefanov, Francesco del Castilho, Anna Kratochvilova, Carlos Damas entre outros.
    Trabalhou com os seguintes maestros: Pedro Neves, Joana Carneiro, Roberto Perez, Ernest Schell, Francesco Belli, António Vassalo Lourenço, António Vitorino de Almeida, Paulo Lourenço, Jean-Sebastien Bereau, Virgílio Caseiro, Nicolaus Richter, Christopher Bochmann, David Wyn Lloyd, Carlos Riazuelo entre outros.
    Como músico de Orquestra, participou em vários estágios tais como: Orquestra Sinfónica Esproarte, Orquestra Sinfónica Piaget, Estágio Internacional de Orquestra em Leiria e Orquestra Aproarte, Jungen Deutsch-Französisch-Ungarischen Philharmonie.
    No que diz respeito ao ensino, Ludovic é docente de violino desde 2008 no Conservatório de Música de Seia e formador nas disciplinas de Música de Câmara – Naipe e Orquestra e Violino desde 2013 na Escola Profissional da Serra da Estrela. Leccionou também na Banda Amizade de Aveiro, Academia de Música de Cantanhede e Escolas do 1º ciclo em Valpaços.
    No que diz respeito à sua actividade como músico profissional, tem colaborado regularmente em agrupamentos como: Camerata Ensemble da Guarda, Horta Camerata, Orquestra Clássica do Centro, Orquestra Filarmonia das Beiras, Nova Ópera de Lisboa e membro solista do Ensemble DME - Collegium Musicum Electroacústico. 


Abdul Moimême é um músico Português, membro activo da comunidade de improvisação livre Lisboeta. O nome do músico é um heterónimo inspirado na obra do artista plástico judeu Abdul Mati Klarwein, cujo trabalho ilustrou inúmeras capas do jazz e do rock. Estudou guitarra com professores particulares em Madrid, mudando-se posteriormente para Boston para estudar arquitetura, concluindo o curso na Universidade Técnica de Lisboa. Também estudou saxofone tenor com Patrick Brennan, envolvendo-se paralelamente com a cena da música improvisada e do rock independente. Em 1999 começou a escrever sobre jazz em diversas publicações nacionais, tais como as revistas Flirt, All Jazz, Jazz.pt e ainda no jornal Público. Tem tocado com músicos como:Axel Dörner, Carlos Santos, Carlos “Zíngaro”, Eduardo Chagas, Ernesto Rodrigues, Floros Floridis, Gale Brand, George Haslam, Guilherme Rodrigues, Heddy Boubaker, João Pedro Viegas, Jon Raskin, José Oliveira, Manuel Mota, Marcello Magliocchi, Matthias Boss, Miguel Mira, Monsieur Trinité, Nuno Torres, Nuno Rebelo, Nusch Werchowska, Patrick Brennan, Paulo Chagas, Paulo Curado, Ricardo Guerreiro, Rodrigo Amado e Wade Matthews...

João Neves
Natural do concelho de Rio Maior, licenciou-se em Música, variante de Música Electrónica e Produção Musical, pela Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Posteriormente fez um estágio na Luigi Agostini Digital Solutions e na Percorsi Musicali em Livorno, Itália. Participou com o EME (Ensemble de Música Electrónica, da ESART) no Festival Serralves em Festa de 2014, contribui com uma peça (uma improvisação com a Sensi Guitar) para o Festival Suoni Inauditi em Livorno. O projeto Sensi Guitar levou-o a fazer apresentações na Lisbon Maker Faire 2015, onde venceu o prémio Young Maker e um prémio Maker of Merit; na Conferência Internacional de Música Electro-acústica, ICEM, no O’Culto da Ajuda; e na Lions Cannes Review, Lisboa, inserida na apresentação de Pedro Rebelo (Sapo) sobre o “Universo Maker”. A ideia de negócio de Sistemas Personalizados para Músicos e Performance Musical levou-o também a ser o vencedor da primeira edição do programa Startup Lisboa Momentum, projecto que desenvolve atualmente em conjunto com novos projectos criativos. A paixão pela música leva-o a ter vários projectos em várias vertentes da música, como são exemplo os Euterpe, e a colaborar com a organização de concertos Maiorais, como técnico de som, para além da vertente musical da webzine Arte-Factos.




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