Residência Artística Lisboa 2023 | Ricardo Almeida & Carlos Santos + Ângelo Cid Neto e Mariana Dias


Residência Artística em Lisboa

infinity garden
Ricardo Almeida & Carlos Santos + Ângelo Cid Neto e Mariana Dias

20 a 24 de Novembro de 2023

Apresentação Final: 24 de Novembro de 2023, 19h30 | Lisboa Incomum
- integrado no evento "Cultura e Sustentabilidade"


Integrada no Ciclo de Residências Artísticas DME, o espaço Lisboa Incomum recebe a última residência do ano de 2023, com o jovem compositor Ricardo Almeida e o artista sonoro Carlos Santos. A estes músicos, juntam-se os bailarinos Ângelo Cid Neto e Mariana Dias, na construção de uma performance multidisciplinar em redor de uma temática de sustentabilidade.

A residência artística decorre entre os dias 20 e 24 de Novembro. A apresentação final realiza-se no dia 24 de Novembro, integrada no evento "Cultura e Sustentabilidade".

A entrada é gratuita mediante reserva para lisboaincomum@gmail.com. Mais informações aqui.

Ricardo Almeida, plantas, sensores e electrónica
Carlos Santos, electrónica
Ângelo Cid Neto, bailarino
Mariana Dias, bailarina


Sinopse:

“infinity garden” consiste num cruzamento multidisciplinar e diálogo bidirecional entre o tecido humano e vegetal, resultando de uma conceção e criação conjunta entre os músicos Carlos Santos e Ricardo Almeida e os bailarinos Ângelo Cid Neto e Mariana Dias. Esta criação procura especular sobre a fusão entre ser humano e meio ambiente, distorcendo e entrelaçando diferentes pontos de contacto na criação de uma entidade híbrida.

Através da criação de instrumentos digitais instigados pela natureza; luz, água, eletricidade, movimento, gravidade e variados organismos convertem-se num mecanismo acusmático e performativo propenso à reflexão sobre a interferência humana no ecossistema. No espaço idealizado pelos artistas, qualquer organismo é um instrumento e qualquer instrumento afeta os diferentes organismos. Quanto tempo até que a solidez da terra se dilua no ar? Quanto tempo até essa nova ecologia?

Em suma, “infinity garden” tenta retratar as tensões e distensões entre corpo e macroestrutura, fabricando uma atmosfera artificial orientada à sensibilização ambiental através do som e da dança, mediada por múltiplos sensores.


Ricardo Almeida (Lisboa, 2000) concluiu o 8o grau em guitarra clássica no Conservatório de Música D. Dinis, realizando paralelamente um curso de jazz no mesmo estabelecimento. É licenciado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com Luís Tinoco, João Madureira e Carlos Caires. Atualmente frequenta o mestrado em música na mesma instituição, orientado pelo compositor Carlos Caires. Simultaneamente realiza o mestrado em ensino da música na Universidade de Évora, orientado pelo compositor e maestro Pedro Amaral. Participou em masterclasses e workshops com Panayiotis Kokoras, François Bayle, Mario Mary, Robert Normandeu, Thomas Adès, Kaija Saariaho, Mario Pagotto, Annette Vande Gorne, entre outros.
Como improvisador integrou projetos musicais em diversos contextos como Eco Lab, orientado pelo compositor Jaime Reis, Big Band Junior, Riju Ensemble, Texturas Ensemble, BeComposer, tal como diversos combos de jazz; utilizando eletrónica em tempo real ou guitarra elétrica. Adicionalmente, realiza também música para dança contemporânea tendo participado em duas residências, Compota (Sentidos Ilimitados, 2021) e Jovens Compositores (Estúdios Victor Córdon, 2022), e composto música para o bailado de terror “Daqui parte a dormência” e, mais recentemente, “Cafezinho”, peça de Gaya de Medeiros integrada no Biennial of Contemporary Arts 2023. As suas peças têm sido apresentadas em eventos como Festival DME / Lisboa Incomum, Música Viva/ Oculto d’Ajuda, Aveiro_Síntese e MIMMA
É diretor artístico na associação cultural Zarambel, juntamente com o guitarrista espanhol Manolo Matas, onde dirige projetos artísticos que pretendem a modernização, criação e divulgação de repertório, tais como “Vibrações Ensemble” e “Bluesa Big Band”, orquestra de jazz que fundou em 2019, com 18 anos.

Ricardo Almeida




Carlos Santos (1967, Lisboa, PT)
Artista sonoro e músico electrónico, desenvolve o seu trabalho em torno do espaço arquitectónico e de fenómenos acústicos recorrendo a tecnologia sonora digital, utilizando metodologias de investigação de cariz artístico. Apresenta-se publicamente em diferentes formatos, como concerto electroacústico, difusão Acúsmatica, instalação “site-specific”, “soundscape composition” ou performance sonora. Utiliza computador portátil com software desenhado por si na linguagem de programação gráfica max/msp, para geração sonora e manipulação electronica, sintetizadores modulares, pequenos objectos ressonantes, elementos piezeléctricos, microfones e altifalantes.
Desde o inicio da década de 90 que mantém uma presença activa nos campos da nova improvisação electroacústica e “live electronics”, tanto em Portugal como no estrangeiro, colaborando com inúmeros artistas e projectos, amplamente documentados em suporte CD, com mais de 40 trabalhos publicados.
Fez design sonoro e música para animação, video, dança e teatro, produziu programas radiofónicos para a radio Zero, performances sonoras em locais inusitados com formatos pouco habituais.
Uma parte fundamental do seu trabalho assenta sobre a temática do som e a sua percepção e influência em termos sociais, arquitectónicos, politicos e históricos, nesse âmbito deu workshops de “escuta atenta”, organizou “Soundwalks” ou trabalhou com pequenas comunidades em projectos experimentais de som. Foi professor de som e composição sonora na escola de artes, Ar.Co, leccionou “introdução ao audio digital e programação em ambiente max/msp” na Restart (Escola de Design e novas tecnologias) e no Instituto Politécnico Autónomo – IPA, para além de inúmeros workshops sobre praticas artísticas sonoras e improvisação com electronica.
Estudou pintura com António Sena e trabalha como designer gráfico, sendo responsável pela comunicação visual da editora discográfica portuguesa “Creative Sources” e da russa “Aural Terrains”. Co-fundou a editora de música experimental, Sirr-ecords (2000-2003) e foi co-fundador e responsável pela comunicação visual da associação de arte experimental “Granular”, (2003 -2015). É responsável pela imagem e comunicação da associação Arte no Tempo, promotora de música contemporânea, sediada em Aveiro.

Carlos Santos




Ângelo Cid Neto integrou, como bailarino, a Amálgama Companhia de Dança. Participou como intérprete em trabalhos de Willi Dorner, Marina Frangioia, Tiago Guedes, David Zambrano, João Fernandes entre outros. Integrou diversos festivais como performer e criador: Bienal de Veneza, Materiais Diversos, Metadança, Resolution! e Wbmotion. Membro do projeto Compota – improvisação multidisciplinar da associação Sentidosilimitados. Desenvolve um trabalho de criação artística dentro e fora dos contextos educativos com especial ênfase nas áreas transdisciplinares. É licenciado em Bioquímica (FCUL) e Dança (ESD), mestre em Artes Cénicas (FCSH) e Ensino de Dança (ESD). É doutorado em Educação Artística (IE&FBAUL) onde continua a desenvolver uma linha de investigação em torno da criação coreográfica em contextos educativos. É membro integrado do SAP Lab (Science Art and Philosophy) do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa e do CIEBA na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. É professor na Escola Superior de Dança nas áreas de técnica de dança contemporânea, criação coreográfica e composição.

Ângelo Cid Neto





Mariana Gomes Dias (23 anos), iniciou a sua formação em dança na Escola da Companhia de Dança de Almada. Licenciou-se na Escola Superior de Dança, e foi aluna na Stockholm University of the Arts (DOCH), através do programa Erasmus. Em 2021, participou no curso intensivo de Flying Low e Passing Through com David Zambrano e, em 2022, frequentou o Curso Gestão/Produção das Artes do Espetáculo do Forum Dança.
Trabalha como intérprete/performer, e criadora. Já trabalhou com Paula Pinto (PT) e Amanda Piña (MEX/CL/AT), e Maja Dahbäck (SE), e cocriou, com outros artistas, as seguintes peças: com Rafael Filipe Pinto, a peça “Em Laivo” (circulação nacional e internacional, 2020-2022), e com Eva Aguilar (violoncelista) e Bárbara Gomes (atriz), a peça “Protorretrato” (Almada, 2022). Em 2023, participou, como intérprete, no projeto AJI TMOVE (Marrocos). Trabalha ainda como produtora para as Associações Culturais Partícula Extravagante e Carta Branca.

Mariana Gomes Dias

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