Arquitetura dos Sons | CAM Gulbenkian


Arquitetura dos Sons

Ensemble DME
Obras de Iannis Xenakis, Ângela Lopes, Cândido Lima e Diogo Alvim

Centro de Arte Moderna Gulbenkian | 26 de Março de 2023

Local: Sala do Foyer (Piso 1), Fundação Calouste Gulbenkian
Sessão I: 16h
Sessão II: 17h30
Bilhetes: 6,00 € (comprar)


Sinopse:

Estreia nacional da obra «Bohor» de Iannis Xenakis, juntamente com obras de três compositores portugueses contemporâneos que tecem relações com o legado do compositor grego.

A expressão «arquitetura dos sons» alude ao métier de Iannis Xenakis (1921/1922-2001), arquiteto e compositor de profissão, e ao de Diogo Alvim (1979), arquiteto e compositor de música instrumental e eletroacústica, que partilham nas obras apresentadas, Bohor e Posição Relativa, uma preocupação singular com o espaço.

Apresentada pela primeira vez em Portugal, Bohor é a primeira obra eletroacústica de Xenakis composta para 8 canais, um dispositivo com uma configuração geométrica que convida a uma experiência de som densa e imersiva, no «interior» do som.  A peça reúne gravações de canto bizantino e piano, sons de joalharia iraquiana e hindu, entre outros, e desenvolve-se num contínuo de cerca de 20 minutos em direção a uma progressiva morfose das fontes sonoras que originaram a obra.

Posição Relativa, de Diogo Alvim, é uma peça que exige um «jogo de atenção e escuta», na qual as ressonâncias de cada acorde, as entradas sincronizadas dos músicos e a sua movimentação para posições definidas, estão dependentes do espaço em que decorre o concerto. A peça não só trabalha o espaço, como devém espaço.

O programa completa-se com obras dos compositores Cândido Lima (1939), um dos mais importantes discípulos académicos de Iannis Xenakis, e Ângela Lopes (1972), que traçam uma genealogia do legado de Xenakis em Portugal.

ETHNON – Canto do Paraíso para piano solo, de Cândido Lima, é uma paráfrase de outra obra do compositor – Gestos-Circus-Círculos, de 2000-2001, para ensemble e eletrónica em tempo real, composta para a pianista Ana Telles, solista neste concerto.

A orquestração eletroacústica Gárgulas d’Arga, de Ângela Lopes, combina sons de uma pequena cítara, de piano e de vibrafone, com sons de água da serra d’Arga, resultando em diferentes espessuras, intensidades e registos. O título provém do francês «gargouille», que representa o som gorgolejante da água.

Realizado no contexto da apresentação da exposição Révolutions Xenakis, comemorativa do centenário de Iannis Xenakis, o concerto-instalação tem curadoria do Ensemble DME e integra a programação do CAM.

Programa: 

Iannis Xenakis - Bohor, 1962 (estreia nacional)
Eletrónica 8 canais, 20’

Cândido Lima - ETHNON – Canto do Paraíso, 2010-2012
Piano solo, 16’

Ângela Lopes - Gárgulas d’Arga, 2013
Flauta, clarinete, violino, violoncelo, piano e eletrónica, 10’

Diogo Alvim - Posição Relativa, 2022
Flauta, clarinete, violino, violoncelo e percussão, 10’
Encomenda do projeto DME (2022)

Nota: pode haver alterações à ordem do programa.

Duração 56 min


Ficha Técnica:
Ana Telles, piano
Alex Waite, piano
Beatriz Costa, violino
Carlos Silva, clarinete
Marina Camponês, flauta
Ângela Carneiro, violoncelo
Francisco Cipriano, percussão
Mariana Vieira, eletrónica
Jaime Reis, eletrónica e direção artística
Rita Castro Blanco, maestrina

Caio Rodrigues, Direcção Técnica
Cristóvão Almeida, Assistente de Produção


Mais informações aqui.


Fotografias @Pedro Pina


















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