DME 58






A 58ª edição do Festival DME decorrerá nos dias 11 e 12 de Fevereiro, em Seia.

Esta edição do festival iniciará com a estreia do teatro musical infantil “Bartolomeu, o voador”, com música de Jaime Reis, direção musical de Helder Abreu, encenação de José Baptista e direção coral de Ludovina Fernandes, Diana Dias e Hugo Passeira. A interpretação estará a cargo de alunos do Collegium Musicum - Conservatório de Música de Seia. Será no dia 11 de fevereiro pelas 15h30, na Casa Municipal da Cultura de Seia.

Ainda no mesmo dia, Américo Rodrigues irá apresentar o seu mais recente trabalho de poesia sonora, "Parlatório”, no Conservatório de Música de Seia, pelas 21h30.

No dia 12 de fevereiro, Antez apresentará a sua performance “Continuum” no Conservatório de Música de Seia, pelas 21h30.


11 de Fevereiro de 2018, 15:30
Casa Municipal da Cultura de Seia

Bartolomeu, o voador

Música Jaime Reis
Direção Musical Hélder Abreu
Encenação  José Baptista
Direção do coro Ludovina Fernandes, Diana Dias e Hugo Passeira
Interpretação Alunos do Collegium Musicum - Conservatório de Música de Seia

narração Maria Luísa Rodrigues          
percussão Rui Andrade
flauta Maria Monteiro
violino Filomena Afonso
clarinete Ana Clara
violoncelo João Oliveira
piano Constança Neves
coreografia Beatriz Cruz





















A Associação Portuguesa de Educação Musical (APEM), no âmbito do projecto Cantar +, desafiou Jaime Reis a escrever uma peça para coro infantil. O Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian aceitou o desafio de fazer a estreia dessa mesma peça, em 2017, no Teatro Aveirense, no âmbito dos Reencontros de Música Contemporânea. 
O projecto foi tão gratificante para todas as partes envolvidas, que a Arte no Tempo convidou o compositor Jaime Reis a completar o seu projecto de um teatro musical, com narrador, coro infantil, instrumentos solistas e electrónica, para o Aveiro_Síntese 2018. 
Com o apoio da Direcção Geral das Artes e da Câmara Municipal de Seia, essa encomenda tornou-se possível, nascendo assim a versão integral de "Bartolomeu, o voador" - à memória de Bartolomeu de Gusmão e José Saramago.
por Diana Ferreira




11 de Fevereiro de 2018, 21:30
Conservatório de Música de Seia - Casa Municipal das Artes

Apresentação de Parlatório, de Américo Rodrigues



"Parlatório" é o mais recente trabalho de poesia sonora de Américo Rodrigues. Baseia-se em conversas com sete presos mas não é um disco documental:

"Há um ano entrevistei demoradamente sete reclusos para que me contassem a sua história de vida. A ideia inicial era escrever um livro com narrações daquelas mulheres e homens que estavam a cumprir pena numa prisão do interior de Portugal. Registei em vários cadernos o que de mais importante me disseram (depoimentos de grande autenticidade), sublinhando frases e ligando palavras com setas e outras anotações. O que escrevi foi aquilo que considerei ser o essencial do que ouvi. Histórias de roubos, tráficos, burlas, assaltos, dependências, traições, violências, mortes. Vidas.
A partir desse material de base concebi uma peça de poesia sonora que cruza a minha vocalidade (gritos, sussurros, choros, línguas inexistentes, ruídos bucais, cantos de inspiração étnica, estalidos com a língua, terrorismo fonético, etc.) com a leitura dos apontamentos da conversa com aqueles reclusos (leitura branca, interpretação teatral, enganos, hesitações, alteração de velocidade, silêncios, amálgamas, etc.)”.


O disco foi feito em parceria com José Neves (dramaturgia do som e montagem), tendo a colaboração de Nuno Veiga (sound designer), César Prata (gravação) e Tiago Rodrigues (desenho gráfico). A edição é de Bosq-íman:os records.

Américo Rodrigues é poeta, actor, encenador e programador cultural. É autor de vasta obra naqueles domínios.
No campo da poesia sonora editou os discos “O despertar do funâmbulo”(2000), “Escatologia” (2003), “Trânsito local, trânsito vocal”, com Jorge dos Reis (2004), “Aorta tocante” (2005 ), “Cicatriz:ando” (2011), “Porta-voz” (2014) e, agora, “Parlatório” (2018). Tem apresentado performances de poesia sonora e fonética, e de improvisação vocal, em várias partes do mundo.












12 de Fevereiro de 2018, 21:30
Conservatório de Música de Seia - Casa Municipal das Artes

Apresentação de Continuum, de Antez



"O essencial desta performance consiste em demonstrar as simpatias da estrutura ressonante da sala, sendo esta “esculpida” de novo cada vez que é apresentada, de acordo com a singularidade arquitetural do espaço. O conceito do espetáculo permanece mutável até ao último momento, usando exclusivamente procedimentos acústicos e métodos de produção que são criados pelos movimentos do meu corpo. 

A minha primeira inspiração para produzir um som continuo com um instrumento percussivo evoluiu através de um processo de investigação das qualidades acústicas do espaço para a performance. 
Escolhi vários objectos das viagens que realizei e na minha residência profissional adaptei esta peça para ser executada num grande tambor que geralmente é usado como um amplificador vibratório. Em particular, costumo desenvolver uma afinidade íntima com este tipo de materiais em vibração. Para conseguir obter uma melhor coordenação das minhas posturas é necessário avaliar as vibrações no meu corpo em diferentes níveis, podendo desta maneira coloca-lo em vibração. 
A circunferência, é algo que uso desde 2008 para dar vida a estas vibrações.


O meu som é frequentemente comparado a alguns sons que são produzidos por sintetizadores. No entanto, os meus sons acústicos dependem da qualidade de reflexão das superfícies e do volume do próprio espaço onde a performance acontece."

Antez é um percussionista e escultor sonoro que explora o som e a matéria através de interações entre som e espaço e a forma como o som é percepcionado fisicamente. No início dos anos 80 fez parte da banda avant rock Art Moulu Tréfin, tendo vindo-se a afirmar-se progressivamente como uma das vozes mais singulares no universo da percussão e da escultura sonora. Nos últimos anos tem vindo a desenvolver o seu projecto Continuum, que explora vários tipos de ressonâncias sobre uma membrana que é posta em vibração através de vários objectos (também vibrantes) construídos e adaptados por si. 
Dos seus projectos actuais destaca-se o duo com o clarinetista Joris Ruhl, Dans Le Frigo com a compositora Anna Mikhailova, Panta Rhei com o coreógrafo Gero Koenig ou The Rotating, com Cyril Bondi e D´Incise.














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