DME 59 / Sources
A 59ª edição do Festival DME denomina-se ‘Sources’ e ocorrerá nos dias 2, 3 e 4 de Março no Espaço Lisboa Incomum, em Lisboa.
Nesta edição do festival destacamos o Lisbon String Trio, composto por Ernesto Rodrigues (viola), Miguel Mira (violoncelo) e Alvaro Rosso (contrabaixo), que se apresentará nos dias 2 e 3 de Março, às 19h30, tendo como convidados Carlos Zíngaro (violino), no dia 2, e Sei Miguel (trompete de bolso), no dia 3.
Destacamos igualmente a presença do compositor Dimitris Andrikopoulos, que dará um workshop de PWGL nos dias 3 e 4 de Março, entre as 15h e as 18h, seguido, no dia 4, de concerto às 19h30.
Programa
2 de Março de 2018, 19:30
Lisboa Incomum
3 de Março de 2018, 15:00-18:00
Lisboa Incomum
3 de Março de 2018, 19:30
Lisboa Incomum
4 de Março de 2018, 15:00-18:00
Lisboa Incomum
4 de Março de 2018, 19:30
Lisboa Incomum
Biografias
Ernesto Rodrigues (viola)
Ernesto Rodrigues nasceu em Lisboa a 29 de Agosto de 1959. Inicia os seus estudos musicais aos sete anos de idade, sob a orientação de Wenceslau Pinto. Em 1973, frequentou a Academia de Amadores de Música e, pouco depois, o Conservatório Nacional, onde estuda Violino e Composição. Estudou com Emmanuel Nunes, Paulo Brandão e Eurico Carrapatoso. Participou em diversos cursos e workshops com Jorge Peixinho e Constança Capdeville, entre outros. O seu principal interesse está relacionado com a música contemporânea (improvisada e/ou escrita), assim como em música gráfica e indeterminada (partituras cedidas pelos compositores Gerhard Stäbler e Phill Niblock). A relação com os seus instrumentos é basicamente direccionada para aspectos de ordem “sónica” e textural. A influência da música electrónica tem sido determinante para uma abordagem nova, no que ao violino/viola diz respeito, subvertendo os conceitos clássicos e académicos, recorrendo ao uso sistemático de “preparações” e micro-tonalidades. Colaboração musical em trabalhos dos artistas plásticos Carlos Mota e Rogério Silva. Música para Dança em trabalhos de Isabel Valverde, Ana Galan, Anna Pasztor, Valérie Métivier e Ana Moura. Música para Cinema onde destaca a sua colaboração com os realizadores Rui Simões e Edgar Feldman. No campo da Poesia distingue experiências com Lawrence Ferlinghetti e Manuel Cintra. Membro fundador dos grupos Metropolis, Fromage Digital e Lautari Consort. Activo como improvisador, destaca colaborações com Carlos Zíngaro, Margarida Garcia, Manuel Mota, Ulrich Krieger, Gabriel Paiuk, Jean-Luc Guionnet, Toshihiro Koike, Taku Unami, Masafumi Ezaki, Masahiko Okura, Christine Sehnaoui, Wade Matthews, Ingar Zach, Michael Thieke, etc. Em 1999 funda a editora Creative Sources Recordings, principalmente vocacionada para a música experimental e electroacústica.
Miguel Mira (violoncelo)
Arquitecto, pintor e professor universitário além de músico, este contrabaixista que também utilizou o baixo eléctrico e a guitarra baixo acústica centrou-se nos últimos anos no violoncelo, afinando este em quartas como um contrabaixo e utilizando-o, regra geral, com essas funções.
Um veterano nas lides do jazz (com episódicas incursões pelos blues e pelo rock), tendo percorrido praticamente todas as suas tendências desde o “mainstream” ao free e à música livremente improvisada, com passagem pela fusão, tocou com músicos nacionais tão diversos quanto Emílio Robalo, Celso de Carvalho, António Ferro, Armindo Neves, Carlos “Zíngaro”, Paulo Curado, Ernesto Rodrigues, Abdul Moimême e Rodrigo Pinheiro. Joe McPhee, Evan Parker, Jeb Bishop, Scott Fields, Joe Giardullo e Patrick Brennan são algumas das figuras internacionais com quem já partilhou palcos ou estúdios. Integra o Rodrigo Amado Motion Trio e tem um duo com o também violoncelista Ulrich Mitzlaff.
Alvaro Rosso (contrabaixo)
Movido por um interesse pela música popular e pelo jazz, começa os seus estudos de contrabaixo na Escuela Universitaria de Musica de Montevideo, tomando contacto com a música clássica e a técnica de base do instrumento. Em França, onde continua a sua formação, começa a interessar-se pela linguagem contemporânea e a livre improvisação.
Depois de um mestrado em Espanha, muda-se para Portugal, onde reside atualmente. Alvaro é um músico com formação e experiências ricas e diversas, que tem trabalhado tanto com orquestras sinfónicas, ballets e operas, como com projetos de raízes populares ou experimentais, inclusive em conjunto com teatro, dança ou imagem. Hoje, além de professor, desenvolve e colabora em vários projetos, sobretudo de jazz mainstream e de livre improvisação / composição instantânea.
Carlos Zíngaro (violino)
Nasceu em Lisboa em 1948 e iniciou o seu percurso musical com 4 anos conseguindo com apenas 13 anos tornar-se membro da Orquestra Universitária de Música de Câmara.
Obteve estudos de musicologia, música electroacústica e música contemporânea (teatro-música) que fazem parte de permanências na Universidade Técnica de Wroclaw (Polónia) e na Creative Music Foundation (Nova York).
É considerado um dos pioneiros em Portugal na utilização das novas tecnologias na composição e na interacção em tempo real, assim como nas relações som / movimento e "composição imediata", Zíngaro apresentou-se nos mais importantes festivais e concertos de "improvisação" e "nova música" na Europa, na América e na Ásia.
Foi um dos membros fundadores do colectivo Plexus e o director musical do grupo de teatro “Os Cómicos”.
Pela segunda vez consecutiva foi-lhe atribuído o prémio "Chock de La Musique”, da revista francesa Monde de la Musique.
Sei Miguel (trompete de bolso)
Nasceu em Paris em 1961 mas viveu no Brasil e em França até chegar a Portugal nos anos 80.
É considerado um dos homens mais importantes do jazz nacional tendo a sua experiência passado pela colaboração com os No Noise Reduction, os Pop Dell’Arte e ex-Moeda noise. Exerce funções como trompetista, director e responsável por arranjos. É autor de discos como The Blue Record, Still Alive in Bairro Alto e Ra Clock e líder de uma formação variável com os músicos da sua eleição, tais como Manuel Mota, Rafael Toral, Fala Mariam e César Burago.
A revista Wire, atribuiu a Sei Miguel o título de “portuguese new music's best kept secret”.
Dimitris Andrikopoulos
Dimitris Andrikopoulos nasceu em 1971 em Larissa (Grécia).
De 1989 a 1992, estudou Viola d´Arco, Teoria Musical, Harmonia, Orquestração e Contraponto em Atenas.
Continuou os seus estudos na Holanda, na Escola Superior de Artes de Utrecht com Ron Ephrat. Em 1996, obteve o diploma de professor de viola d´arco e dois anos mais tarde o diploma de solista na Escola Superior de Artes de Maastricht com H. Guittard.
Concluiu, como Violetista, em 2000 a pós-graduação em Música de Câmara com estudo de repertorio de Século XX.
No mesmo período começou com os seus estudos de composição na Escola Superior de Música e Dança de Roterdão com Klaas de Vries. Em maio de 2004, concluiu a pós-graduação em Composição e ao mesmo tempo, foi lhe atribuído o Prémio de Composição da Escola Superior de Música e Dança de Roterdão.
Um dos seus interesses principais é a interação das diferentes disciplinas na música e principalmente a combinação da música acústica e electrónica.
Foi selecionado como Participante Ativo para o "Centre Acanthes 2005" em Metz onde trabalhou com W. Rihm, P. Dusapin e A. Solbiati. A sua obra "Nyx" para orquestra foi executada no Concerto Final pela Orchestre National de Lorraine.
Colaborou com vários grupos, em vários países europeus como, Asko Ensemble, Mondrian Quartet, Remix Ensemble, Nederlands Ballet Orkest, Orchestre National de Lorraine, a Orquestra Nacional de Atenas, Colors Contemporary Music Group, !Ynx Ensemble, Duo Palmos, Jazz Orchestra of Matosinhos, Drumming Grupo de Percussão, e intérpretes como, Miquel Bernat, Sérgio Carolino, João Barradas, Margriet van Reisen, Lefki Karpodini, Lorenda Ramou entre outros.
Ganhou vários prémios de Composição como, em Maio de 2002, o Primeiro Prémio no concurso NOG para Jovens Compositores, com a obra "Antiparathesis" para Violino e Orquestra.
Em 2010 foi-lhe atribuído o COMPASS Price (Centre for Composition and Associated Studies) da Universidade de Birmingham para a obra “Metamorphoses I” para Ensemble.
Em 2012 foi-lhe atribuído o “ITEA / Harvey Phillips Award for Excellence in Composition” para a obra “Anathema I” para Tuba Contrabaixo e Bayan.
Desde 2004 é docente de composição na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE) do Instituto Politécnico do Porto.
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