Simpósio Cultura e Sustentabilidade 5ª Edição
Simpósio Cultura e Sustentabilidade 2021
Quinta Edição
27 e 28 de Novembro | Lisboa Incomum
O Festival DME tem o prazer de anunciar a Quinta Edição do Simpósio de Cultura e Sustentabilidade, dedicado à discussão artística e científica sobre de que modo práticas artísticas podem fomentar a consciencialização cultural e intervir na discussão sobre temáticas como a sustentabilidade e a ecologia, com especial enfoque na hodiernidade.
Desta vez contamos com o projeto DiRE-SoNo de Carlos Guedes e João Dias e com o EcoLab do Laboratório de Música Mista José Luís Ferreira, da Escola Superior de Música de Lisboa.
Entrada livre mediante reserva para lisboaincomum@gmail.com.
Uso de máscara ou viseira obrigatório.
27 de Novembro
14h30
Concertos Para Uma Pessoa Só | Jaime Reis
Idealizado como uma experiência personalizada, em oito sessões, acomodando uma a três pessoas em cada uma, Jaime Reis apresentará os conceitos de paisagem sonora e espacialização imersiva, expressos em poucas palavras e materializados através da sua música.
Inscrições através do e-mail: lisboaincomum@gmail.com
14h30 : Sessão 1 - “Paisagem Sonora”
14h45: Sessão 2 - “Espaço”
15h05 : Sessão 3 - “Paisagem Sonora”
15h20 : Sessão 4 - “Espaço”
15h40 : Sessão 5 - “Paisagem Sonora”
15h55 : Sessão 6 - “Espaço”
16h15 : Sessão 7 - “Paisagem Sonora”
16h30 : Sessão 8 - “Espaço”
“Paisagem Sonora” - Fluxus, pas trop haut dans le ciel
“Espaço" - Magistri Mei: Bruckner
Parceiro Institucional - República Portuguesa - Ministério da Cultura
17h
DiRE-SoNo: “Discursos de (R)Evolução do Som no Espaço | João Dias & Carlos Guedes
"DiRE-SoNo" é um concerto/instalação onde se pretende que a performance e o espaço se tornem inseparáveis da experiência, proporcionando uma nova perspetiva de fruição da obra artística. DiRE-SoNo é um projeto desenvolvido a partir de um trabalho colaborativo de exploração e criação entre intérprete e um coletivo de 5 compositores, que resultou na criação de novas obras para percussão solo, onde cada uma tem a sua identidade, mas simultaneamente se pronuncia entre elas um discurso conjunto e homogéneo. A interpretação está a cargo do percussionista João Dias, membro do conceituado agrupamento, Drumming GP, acompanhado por Carlos Guedes, que se ligará telematicamente ao Lisboa Incomum directamente de Abu Dhabi.
Este projecto foi financiado e apoiado pelo Criatório, concurso de apoio à criação artística da Câmara Municipal do Porto, e apoio de circulação pela DGArtes.
Programa
Improvisação para bombo preparado e Electrónica
Carlos Guedes - Electrónica
João Dias - Percussão
“Fragile Ecosystems”
Para bombo e electrónica
Carlos Guedes - Composição
João Dias - Interpretação
28 de Novembro
14h30
Sessão de Cinema : "The Plastic Hike Documentary"
(com um comentário de The Trash Traveler)
Durante o verão de 2020, CameraWithNoName acompanhou e filmou a caminhada de The Trash Traveller ao longo da costa de Portugal para criar um documentário com o objetivo de sensibilizar para a poluição por plásticos e dar voz à comunidade de ONGs, iniciativas e ambientalistas que trabalham em Portugal. Além disso, permite-nos refletir sobre os problemas e soluções para as comunidades locais e compartilhar as mesmas ideias, tanto nacional como internacionalmente. Por exemplo, soluções projetadas no Norte podem potencialmente resolver problemas no Sul e vice-versa. Precisamos apenas criar uma cadeia de compartilhamento.
Durante os 58 dias de caminhada, foram gravadas mais de 300 horas e cerca de 90 entrevistas que resultaram em um filme com mais de 96 minutos de duração.
A força deste documentário está nos seus interlocutores, nas pessoas que mudaram as suas vidas e que nos contam as suas experiências e como individualmente podemos fazer a diferença.
Direção, câmaras e edição:
Carolina Semrau & Augusto Lima
Produção:
Camera With No Name
The Trash Traveler (Andreas Noe)
Gonçalo Lemos
Soundtrack: Isto é Lixo | Animations: The Trash Traveler | Sound design: Augusto Lima | Letter font design: Bernhard Noe, Raquel Lima, The Trash Traveler
Mais informações em: https://theplastichike.org/documentary/
17h
Laboratório de Música Mista José Luís Ferreira | ESML
EcoLab
A música mista é um género musical que foi estabelecido desde a segunda metade do séc. XX. Pode ser definida como a junção do meio acústico com o meio electroacústico, mais concretamente: a combinação na performação de um ou mais instrumentos acústicos com sons criados, processados ou reproduzidos electronicamente.
A prática deste laboratório destina-se a desenvolver competências no domínio da performação da música mista (de reportório ou composta por estudantes de composição especificamente para o grupo), improvisação e experimentação.
O Laboratório de Música Mista José Luís Ferreira, formado em 2014, conta já com diversas actividades desde a sua criação, das quais se destacam os concertos e audições informais na ESML, concertos no festival Música Viva, residência artística no O'culto da Ajuda, participação na Semana da Composição da ESML, participação em concertos da Conferência Internacional “Old is New”- organizada pelo CESEM, Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical em parceria com a ESML.
O Laboratório de Música Mista foi criado pelos professores José Luís Ferreira e Carlos Caires sendo actualmente orientado por Jaime Reis e Carlos Caires.
EcoLab é um é um projeto do Laboratório de Música Mista José Luís Ferreira cujo objectivo é, através do som, sensibilizar para temáticas ambientais e promover atitudes sustentáveis.
Equipa Técnica: Nuno Cruz, Maria Gaspar, Pedro Sebastião, Duarte Guelha e Francisco Serrano
Programa
192.102 - Francisco Pessanha
Para Piano e Electrónica
Piano: Manuel Prata
Peça criada a partir da música de cena para “As Criadas” de Jean Genet, na encenação de Simão do Vale. É dedicada ao meu querido amigo Francisco Monteiro e foi publicada pela AVA através do projecto da associação EMSCAN “21 peças do Século XXI”, apoiado pela DGARTES / Ministério da Cultura.
Refração - Mariana Ribeiro
Para Oboé e Electrónica
Oboé: Sara Neves
Esta peça, “Refração”, constitui um diálogo entre dois intervenientes: o natural, o acústico, e o universo electrónico. Ao longo da mesma, a electrónica interpela as intervenções do oboé, associando-se às mesmas com alturas e timbres análogos aos do instrumento. Esta peça explora as técnicas estendidas do oboé, como “beijinhos”, multifónicos, o sopro para as chaves, expandindo algumas destas técnicas na electrónica, extrapolando o limiar do mundo acústico para o infinito mundo electroacústico. “Refração” é o fenómeno que ocorre quando uma onda atravessa dois meios diferentes, o que provoca uma alteração na sua velocidade. Numa construção homótipa, as intervenções do oboé, o seu discurso neste diálogo, obtêm uma resposta refratada da eletrónica, que expande a sonoridade do instrumento.
Triste Tropisme
Imagem e Concepção: Inés Wickmann
Música original: Francis Dhomont
© 2019 Adagp / Sacem
A natureza palpita, atormentada pela agressão que lhe impomos. “Qualquer progresso tecnológico gera uma perda em outro plano”, escreve Claude Lévi Strauss. Os movimentos das plantas são uma forma de tropismo, uma reação ao conflito com os materiais estranhos que invadem seu mundo.
Simos – Eva Aguilar
Para Violoncelo e Electrónica
Violoncelo: Eva Aguilar
Simos, somos.
Creio que perdeu a cabeça.
L’Hubris du Monde – Marie-Jeanne Wyckmans
Acusmática
Ensaio Perspético – André Simões
Para Guitarra e Electrónica
Guitarra: Rúben Monteiro
A refração da luz gerada por uma lente consegue alterar o modo como nós apreendemos a realidade. Deste modo, esta peça é um ensaio sobre as refrescantes realidades observadas através de diversas lentes, tendo a eufórica experimentação como principal foco.
Three Sound Waves – EcoLab
Electrónica: Diogo Batista e Ricardo Almeida
Saxofone: Rafael Baptista
Violino: Débora Coquim
Guitarra Portuguesa: Mafalda Lemos
Esta peça, criada em conjunto pelo EcoLab, é uma mistura de dois ambientes principais relativos à natureza: ao mar e à terra.
Estes são apresentadas numa estrutura tripartida. A ideia é que haja um movimento desde a costa até ao interior, e de volta à costa na última parte. Para esse efeito, são utilizados motivos harmónicos e melódicos que tanto se alteram drasticamente, como também se podem manter a peça toda. Também são utilizados sons gravados que reproduzem tais ambientes de uma forma mais direta.
Timshel – João Pedro Oliveira
Para Flauta, Clarinete, Violino, Violoncelo, Piano e Electrónica
Flauta: Alba Pérez Hidalgo
Clarinete: Henrique Borges
Violino: Verónika Taraban
Violoncelo: Inês Torres
Piano: Francisco Costa
Maestro: Ricardo Monteiro
Esta obra foi composta ao mesmo tempo que lia o romance de Steinbeck “A Leste do Paraíso”. Timshel (palavra hebraica que significa “tu podes...” ou “tu tens capacidade para...”) ocupa uma lugar fundamental neste romance e relaciona-se com a capacidade dada aos humanos para escolher. Na escrita de uma obra somos confrontados com imensas escolhas. É com base e como resultado dessas mesmas escolhas, das opções que fizemos, que vamos obter o produto final. O mesmo se passa na vida. Escolhas feitas num determinado momento afectam o percurso futuro da nossa existência. Timshel é uma obra onde manifesto alegria e agradecimento pelas escolhas que fiz correctamente, e tristeza por aquelas em que errei.
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