DME55 - Day 1
Program
Programa
October 25
15h - 16h
Presentation / Round table
General presentation of the project “The Soundscape we live in”
Jaime Reis (Festival DME)
Bernard Fort (GMVL)
Lucio Garau (Amici della Musica di Cagliari)
Emiliano Battistinii (Tempo Reale)
Andreas Mniestris (University Ionienne)
16h30 - 17h
Electroacoustics & Soundscapes #1
Jaime Reis: Fluxus, Drag
Biography
(b. 1983) is a Portuguese composer based in Lisbon who attended seminars with Karlheinz Stockhausen and worked with Emmanuel Nunes (also PhD co-adviser), after studying Composition and Electronic Music in Aveiro University (with 3 prize scholarships as best student of the uni.). He's the artistic director of Festival DME (counting more than 50 editions). His music has been presented over more than 20 countries, both instrumental and electroacoustic. He has worked with institutions/ensembles such as: IRCAM, KCMD, Musik Fabrik, ZKM, Musiques & Recherches. He's Professor in the Superior School of Applied Arts (Castelo Branco, Portugal).
Biografia
Lic. em Composição na Uni. de Aveiro, onde recebeu três bolsas de mérito. Frequentou seminários com Emmanuel Nunes e K. Stockhausen. Investiga no INET-md. Fundador e director artístico do Festival DME (desde 2003; com o qual já organizou mais de 50 edições). Como compositor tem apresentado a sua música em países como: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Chile, China, Coreia, Espanha, Estados Unidos da América, Filipinas, França, Grécia, Holanda, Itália, Japão, Mónaco, Polónia, República Checa, Túrquia, Ucrânia; e trabalhado com entidades como: IRCAM, KCMD, Musik Fabrik, ZKM, Musiques & Recherches. Tem leccionado em instituições como: Cons. Mús. Seia, Inst. Piaget, EMNSC, FCSH-UNL. É professor na ESART-IPCB.
Notes
This piece is part of Fluxus cycle, whose pieces are inspired in physical elements and where are developed some music elements that are related with physical phenomena associated with the fluids mechanics. Another pieces of this cycle are Fluxus, Dimensionless sound, for flute and electronics (commissioned by Festival for the Liberation of Sound and Image, Paris, 2012), Fluxus, Transitional Flow (commissioned by Festival Primavera, 2013), among other compositions in progress. Fluxus, Drag was commissioned by Duo Contracello (Adriano Aguiar e Miguel Rocha) and was premiered at the XVII Festival de Música Contemporánea de Madrid COMA’15.
Notas
Esta peça pertence ao ciclo Fluxus, cujas peças são inspiradas em elementos da Física e nas quais são desenvolvidos elementos musicais que se relacionam com determinados fenómenos físicos relacionados com a mecânica dos fluidos. Outras peças deste ciclo são Fluxus, Dimensionless sound, para flauta e electrónica (encomenda do Festival for the Liberation of Sound and Image, Paris, 2012), Fluxus, Transitional Flow (encomenda do Festival Primavera, 2013), entre outras composições em curso. "Fluxus, Drag" foi encomendada pelo Duo Contracello e teve a sua estreia no XVII Festival de Música Contemporánea de Madrid COMA’15
Vídeo: Maria Irene Aparício
Biografia
Maria Irene Aparício é doutorada em cinema pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e membro do Instituto de Filosofia da Nova (IFILNOVA) onde desenvolve, no Laboratório de Estética e Práticas Artísticas (AeLab), um projecto de pós-doutoramento na área de cinema, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). É também professora no Departamento de Ciências da Comunicação da UNL.
Entre 1996 e 2001 foi docente de Cinema e Audiovisuais no ensino secundário, período durante o qual desenvolveu trabalhos práticos de criação, edição e montagem de vídeo.
Actualmente, dedica-se à investigação e tratamento de imagens relacionadas com a memória no cinema, a partir de uma perspectiva histórica e educacional.
Biography
Ângela Lopes (Ovar, 1972) completed her piano course in Academia de Música de Santa Maria da Feira (1995) and graduated from Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo in Composition (2000) under the tuition of the composer Cândido Lima. Ângela Lopes also studied with composers Álvaro Salazar (Electroacoustics), Filipe Pires (Orchestration) and Virgílio Melo (Electroacoustics).
She completed her studies by attending seminars, workshops and conferences with Cândido Lima, Carlos Guedes, Ken Valinsky, Virgílio Melo, Paul Mèfano, Filipe Pires, António de Sousa Dias and Emmanuel Nunes. She started her doctorate studies in Composition in 2004, with the guidance of the composer João Pedro Oliveira, at Aveiro’s University, and co-guidance of Mario Mary at Paris University VII.
Ângela Lopes also collaborated in Virgílio Melo’s piece Circuitus’ sound diffusion, as well as on the programming and diffusion of the piece Gestus-Circus-Circulus, by Cândido Lima, having regularly collaborated with the contemporary music ensemble Grupo Música Nova. She composes using diverse instrumentations and/or vocals, as well as electroacoustic music, music for audio-visual works and multimedia. Ângela Lopes has also collaborated with the theatre Teatro Pé de Vento and has completed several music commissions from festivals. She teaches Analysis and Composition Techniques in Porto’s Music Conservatoire.
Ângela Lopes (Ovar, 1972) completou o Curso de Piano na Academia de Música de Santa Maria da Feira (1995) e o Curso Superior de Composição na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo (2000), na classe do compositor Cândido Lima. Estudou ainda com os compositores Álvaro Salazar (Electroacústica), Filipe Pires (Orquestração) e Virgílio Melo (Electroacústica). Completou a sua formação assistindo a Seminários, Workshops e Conferências com Cândido Lima, Carlos Guedes, Ken Valinsky, Virgílio Melo, Paul Mèfano, Filipe Pires, António de Sousa Dias e Emmanuel Nunes. No ano lectivo de 2004/2005, iniciou o Doutoramento em Composição, sob orientação do compositor João Pedro Oliveira, na Universidade de Aveiro, e co-orientação do compositor Mario Mary, na Universidade de Paris VII. Colaborou na projecção do som da peça Circuitus, de Virgílio Melo e na realização de programação e projecção da obra Gestos-Circus-Circulus, de Cândido Lima, colaborando regularmente com o Grupo Música Nova. Escreve para formações diversas instrumentais e/ou vocais e ainda música electroacústica e música para audiovisuais e/ou multimedia, tendo colaborado com o Teatro Pé de Vento e respondido a encomendas de diversos festivais. Lecciona a disciplina de Análise e Técnicas de Composição no Conservatório de Música do Porto.Ângela Lopes (Ovar, 1972) completed her piano course in Academia de Música de Santa Maria da Feira (1995) and graduated from Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo in Composition (2000) under the tuition of the composer Cândido Lima. Ângela Lopes also studied with composers Álvaro Salazar (Electroacoustics), Filipe Pires (Orchestration) and Virgílio Melo (Electroacoustics).
She completed her studies by attending seminars, workshops and conferences with Cândido Lima, Carlos Guedes, Ken Valinsky, Virgílio Melo, Paul Mèfano, Filipe Pires, António de Sousa Dias and Emmanuel Nunes. She started her doctorate studies in Composition in 2004, with the guidance of the composer João Pedro Oliveira, at Aveiro’s University, and co-guidance of Mario Mary at Paris University VII.
Ângela Lopes also collaborated in Virgílio Melo’s piece Circuitus’ sound diffusion, as well as on the programming and diffusion of the piece Gestus-Circus-Circulus, by Cândido Lima, having regularly collaborated with the contemporary music ensemble Grupo Música Nova. She composes using diverse instrumentations and/or vocals, as well as electroacoustic music, music for audio-visual works and multimedia. Ângela Lopes has also collaborated with the theatre Teatro Pé de Vento and has completed several music commissions from festivals. She teaches Analysis and Composition Techniques in Porto’s Music Conservatoire.
Biografia
Notes
E(H)LLE(M) - Sete momentos em forma de trança it’s an eight minute piece for cello, doublebass, electroacoustics and video, composed in 2017. The video direction is by Inês Silva.
The piece is the result of an invitation by Duo Contracello, Miguel Rocha (cello) and Adriano Aguiar (doublebass), to collaborate with the project “Ver os sons. Ouvir imagens”. The invitation emerged in the round-table A criação numa perspectiva feminina in Seia, May 2016 (Festival D.M.E.29/47).
What was discussed was the feminine condition amongst the arts, and the composers Isabel Soveral and Clotilde Rosa were invited, however, they could not attend for reasons of force majeure. So, I decided, that the music commission would pay tribute to all women who, within western society, have contributed somehow for a fair and modern society, where equal rights between genders prevail.
Emancipated woman were revisited in E(H)LLE(M) (seven caucasian women) of the western world, which marked the society in several fields.
From arts to politics, going through activism or science, this is one of the many possible lists. Carolina Beatriz Ângelo, Emma Goldman, “Milú”, Rosalind Franklin, Rosa Ramalho, Peggy Guggenheim, Florbela Espanca. Feminists, activists, unionists, scientists, poets, patrons, sufraggettes (in 1911, Finland was the only european country that recognised the Woman’s suffrage), peoples’ artists, women who conquered direct and active participation in politics.
Equality between men and woman (an extrapolation: between races, beliefs, languages, homelands, political and ideological convictions, instructions, economic situations, social statuses and sexual orientations) is a fundamental principle of the modern world and a right by itself within a democratic state. This, and according to what is stated in the Constitution of the Portuguese Republic’s preface, highlighting “the construction of a freer country, a fairer and a more fraternal one”.
E(H)LLE(M), is full of symbolism of these woman, for exemple, in the way that their names are translated into pitches at times, or in the way tempo is handled as dates or symbolic numbers are translated into rhythms, metrics or intervals. There are enigmas to be found all the way through the piece. Its form was thought having the concept of braided hair as its starting point. Each minute a new woman emerges. And each minute there is unison (or almost unison), intersection point (real or imaginary) of the vocals.
The title is an anagram, by default, of the world “mulher” (woman, in Portuguese). In E(H)LLE(M), it is also contained the personal pronoun, on the third person, feminine and singular, “she”, in its french translation. The subtitle, Sete momentos em forma de trança, refers to the piece’s form and to the seven women that are referred to.
The sound sources which were used for the electroacoustic part are: water from a little river in Serra d’Arga (in Caminho): piano, recorded by Cândido Lima (Porto’s Music Conservatoire); cello and doublebass, Miguel Rocha’s and Adriano Aguiar’s recordings; Emma Goldman and Peggy Guggenheim’s voices; reciting of the poem “A mulher”, by Florbela Espanca, by the composer. In the studio, the sound treatments used were only equalization ones, as well as ping-pong delay, ring modulation and resonators.
The piece was premiered on September 21, 2017, in Banco de Portugal, auditório EP, in Lisbon, by Duo Contracello.
Notas
E(H)LLE(M) – Sete momentos em forma de trança é uma obra, com a duração de oito minutos, para violoncelo, contrabaixo, electroacústica e vídeo, composta em 2017. A realização do vídeo é da autoria de Inês Silva.
A obra resulta de um convite do Duo Contracello, Miguel Rocha, violoncelista e Adriano Aguiar, contrabaixista, para integrar o projeto “Ver os sons. Ouvir imagens”. O convite surge durante a realização da tertúlia: A criação numa perspectiva feminina (Seia, Maio de 2016) (Festival D.M.E.29/47). Discutia-se a condição feminina, na arte, onde participariam mais duas compositoras portuguesas, Isabel Soveral e Clotilde Rosa, que por motivos de força maior não puderam estar presentes. Decidi, então, que a obra-encomenda seria um tributo a todas as mulheres que, no mundo ocidental, contribuíram de forma real ou simbólica para uma sociedade moderna e atual, onde prevalece a igualdade de género. Mulheres emancipadas revisitadas em E(H)LLE(M) (sete mulheres caucasianas) do mundo ocidental, que em campos diversos foram marcantes na sociedade. Das artes à política, passando pelo ativismo ou pela ciência, esta é uma de muitas listas possíveis. Carolina Beatriz Ângelo, Emma Goldman, “Milú”, Rosalind Franklin, Rosa Ramalho, Peggy Guggenheim, Florbela Espanca. Feministas, ativistas, sindicalistas, cientistas, poetisas, mecenas, sufragistas (em 1911, a Finlândia era o único país europeu que reconhecia o sufrágio feminino), artistas do povo, mulheres que conquistaram a participação direta e ativa na vida política e pública. A igualdade entre homens e mulheres (e extrapolando, entre raças, credos, línguas, territórios de origem, convicções políticas ou ideológicas, instruções, situações económicas, condições sociais ou orientações sexuais) é um princípio fundamental do mundo moderno e um direito num estado democrático. Isto, e segundo o que está escrito na Constituição da República Portuguesa, no preâmbulo, tendo em vista “a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno.”
E(H)LLE(M), está cheia de simbolismos destas mulheres, seja no tratamento das alturas onde, por exemplo, os respectivos nomes são convertidos em notas musicais, seja no tratamento do tempo onde, por exemplo, datas ou outros números simbólicos são convertidos em ritmos, em métricas ou em intervalos. Enigmas a descobrir ao longo de todo o percurso. A forma da obra foi pensada num modelo de entrançado. A cada minuto principia uma nova mulher. E a cada minuto há o uníssono (ou quase uníssono), ponto de cruzamento (real ou imaginário) das vozes.
O título é um anagrama, por defeito, da palavra “mulher”. Em E(H)LLE(M) está ainda contido o pronome pessoal, da terceira pessoa, feminino e singular, “ela”, na tradução francesa. O subtítulo, “Sete momentos em forma de trança”, é referente à forma da obra e às sete mulheres aqui enumeradas.
As fontes sonoras utilizadas para a parte electroacústica são: água de um ribeiro da serra d’Arga (Caminha): piano, gravação de Cândido Lima (Conservatório de Música do Porto); violoncelo e contrabaixo, gravações de Miguel Rocha e Adriano Aguiar; vozes de Emma Goldman e de Peggy Guggenheim; recitação do poema “A mulher” de Florbela Espanca (voz da compositora). Foram utilizados em estúdio unicamente tratamentos de equalização, ping-pong delay, modulação em anel, e ressoadores.
A obra foi estreada a 21 de Setembro de 2017, no Banco de Portugal, auditório EP, em Lisboa, pelo Duo Contracello.
A obra foi estreada a 21 de Setembro de 2017, no Banco de Portugal, auditório EP, em Lisboa, pelo Duo Contracello.
Vídeo: Inês Silva
Duo Contracello
Violoncelo: Miguel Rocha
Contrabaixo: Adriano Aguiar
Biografia
O Duo Contracello iniciou a sua actividade em 1993. A receptividade e o sucesso imediatamente obtidos junto do público levaram os seus fundadores a apostar na continuidade do projecto. Para além das suas apresentações em Portugal (tais como Festivais de Música de Espinho, de Leiria, Porto 2001-Capital Europeia da Cultura e Centro Cultural de Belém, Festival CriaSons 2011), o Duo Contracello actuou em Espanha, França (Festival d’Ile de France), Suíça, Estados Unidos da América e República Checa.O seu repertório, que se estende de Couperin a Berio, é constantemente enriquecido com obras originais especialmente dedicadas. A primeira realização discográfica do Duo Contracello (CD NUMERICA 1055) foi publicada em fins de 1996, contou com o apoio do Ministério da Cultura e inclui obras de Boismortier, Pleyel, Rossini e Alexandre Delgado. Em 2006 foi lançado o segundo CD – “Duo Contracello II” com obras de Couperin, Keyper, Mozart, Boukinik e Carlos Azevedo. O CD – “Duo Contracello III”, editado em 2015 é inteiramente preenchido com obras dedicadas ao Duo Contracello por compositores portugueses: Sérgio Azevedo, Paulo Jorge Ferreira, António Victorino D’ Almeida, Isabel Soveral e César Viana. O programa deste último CD foi apresentado em numerosos concertos de norte a sul de Portugal, com o apoio da DGartes.
Recentemente este duo tem desenvolvido um projecto intitulado “Ver os sons, ouvir imagens”, que tem vindo a ser concretizado em espectáculos, nomeadamente no Festival COMA’15 e no IndiCtive – UNO (2016), ambos em Madrid, nos Dias da Música Electroacústica, em Seia e no BASS 2016 PRAGUE.
17h30 - 18h
Conference
Bernard Fort
18h30 - 19h30
Electroacoustics & Soundscapes #2
Bernard Fort: Paisagem, os olhos fechados
Biography
A composer in various genres, including vocal, instrumental, electroacoustic, live electronic, and acousmatic, Lucio Garau also performs keyboard and acousmatic music. Born 1959 in Cagliari, Italy, Lucio Garau graduated in 1979 from the Cagliari Conservatory in piano and 1990 from the Cagliari Conservatory in composition. As a scholar, his main research fields are ethnomusicology, aesthetics, and the history of music. He is also active as a conceiver, organizer and promoter of concerts, festivals, and multimedia events. His ongoing research deals with the historic and aesthetic dimensions of the concepts “interpretation”, “performance”, and “environment”. Both social and technical issues of sound production are a major focus in Garau’s work, which covers Renaissance and Baroque music as well as organology. His work in ethnomusicology on Sardinia’s rich folk heritage has resulted in field recordings and the production of several CDs of traditional Sardinian music. Garau’s interest in electroacoustic composition has been stimulated by his ethnomusicological field work. Folk practices taught him how to use improvisation as a channel for redefining his own personal needs for expression within the framework of up-to-date musical techniques. Since starting to compose, he has devoted much attention to multimedia communication, which he regards as a spectrum of expressive tools enabling today’s composers to combine gesture and movement with sound proper, not unlike as has occurred in previous historic and ethnic environments. His research involves equally classical music, avant-garde music of the 20th century, and current trends. Garau’s compositional output is no less diverse, both in his materials and in his instrumental resources. His works include traditionally scored, electronic, and acousmatic pieces, as well as dialectical combinations of these media.
His works was performed by very important player such as: Steven Schick, Fernando Grillo, Kees Boeke, Daniel Kientzy, Andrea Padova, Antonio Politano, Roberto Pellegrini, Ensemble Contrechamps, Claudio Jacomucci, Bernard Wambach, Francesco Libetta, Francoise Rivalland, Francesco Giomi, Ulrich Krieger, Bernard Fort, Mieko Kanno, Marco Pavin, Jorge Isaac, Paul Leenhouts, Markku Luolajam-Mikkola, Mikko Perkola, Mario Caroli, Roberta Gottardi, Daniele Agiman, Vittorio Parisi, Francesco Ciminiello, Eduardo Rahn, Quartetto Tempera, Veli Kujala, Ere Lievonen, SImone Beneventi, Andreas Fischer, Andrea Sanguineti.
As a keyboard performer (piano, harpsichord and fortepiano) he toured extensively in Europe and Americas , while also delivering lectures about his research. He conceived Strati the first software for the sound diffusion of the acousmatic music.
Biografia
Compositor de vários géneros musicais, incluindo vocal, instrumental, electroacústico, electrónica em tempo real e música acusmática, Lucio Garau também interpreta teclado e música acusmática. Nascido em 1959 em Cagliari, Itália, Lucio Garau completou o curso de piano em 1979 no Conservatório de Cagliari e em 1990 o curso de composição na mesma instituição. Como académico, as sua áreas de investigação principais são a etnomusicologia, estética musical e história da música. É também activo na curadoria, organização e promoção de concertos, festivais e eventos de multimédia.
De momento, investiga as dimensões históricas e estéticas dos conceitos de “interpretação”, “performance” e “ambiente”. Interessam-lhe tanto questões técnicas como sociais, sendo estas um foco principal no seu trabalho, que cobre as épocas do Renascimento, Barroco, assim como organologia. O seu trabalho etnomusicológico sobre a música popular da Sardenha resultou em gravações de campo e na produção de vários discos que integram a sua música tradicional.
O interesse de Garau na composição de música electroacústica tem sido motivado maioritariamente pelo seu trabalho etnomusicológico de campo. Técnicas tradicionais inspiraram Garau em como usar a improvisação como um meio de redefinição do seu processo criativo no âmbito das técnicas musicais de hoje.
Desde que começou a compor, que se tem dedicado à comunicação através de multimédia, que reconhece como uma possibilidade de utilização de ferramentas expressivas e essenciais para a utilização do gesto e movimento no som…
A sua investigação aglomera música clássica, música avant-gard das correntes do século XX, assim como correntes modernas. O seu espólio composicional não é menos diverso, tanto relativamente aos materiais que utiliza como às suas fontes instrumentais. O seu trabalho inclui partituras com notação tradicional, electrónicas, peças acusmáticas, assim como combinações dialéticas de várias formas de média.
A sua obra já foi tocada por intérpretes de renome tal como: Steven Schick, Fernando Grillo, Kees Boeke, Daniel Kientzy, Andrea Padova, Antonio Politano, Roberto Pellegrini, Ensemble Contrechamps, Claudio Jacomucci, Bernard Wambach, Francesco Libetta, Francoise Rivalland, Francesco Giomi, Ulrich Krieger, Bernard Fort, Mieko Kanno, Marco Pavin, Jorge Isaac, Paul Leenhouts, Markku Luolajam-Mikkola, Mikko Perkola, Mario Caroli, Roberta Gottardi, Daniele Agiman, Vittorio Parisi, Francesco Ciminiello, Eduardo Rahn, Quartetto Tempera, Veli Kujala, Ere Lievonen, SImone Beneventi, Andreas Fischer, Andrea Sanguineti.
Como intérprete de teclados (piano, cravo e pianoforte), já esteve em digressões na Europa e América, participando em aulas sobre a sua pesquisa. Garau concebeu também o software Strati, o primeiro software para a projecção de som de música acusmática.
Biografia
Compositor de vários géneros musicais, incluindo vocal, instrumental, electroacústico, electrónica em tempo real e música acusmática, Lucio Garau também interpreta teclado e música acusmática. Nascido em 1959 em Cagliari, Itália, Lucio Garau completou o curso de piano em 1979 no Conservatório de Cagliari e em 1990 o curso de composição na mesma instituição. Como académico, as sua áreas de investigação principais são a etnomusicologia, estética musical e história da música. É também activo na curadoria, organização e promoção de concertos, festivais e eventos de multimédia.
De momento, investiga as dimensões históricas e estéticas dos conceitos de “interpretação”, “performance” e “ambiente”. Interessam-lhe tanto questões técnicas como sociais, sendo estas um foco principal no seu trabalho, que cobre as épocas do Renascimento, Barroco, assim como organologia. O seu trabalho etnomusicológico sobre a música popular da Sardenha resultou em gravações de campo e na produção de vários discos que integram a sua música tradicional.
O interesse de Garau na composição de música electroacústica tem sido motivado maioritariamente pelo seu trabalho etnomusicológico de campo. Técnicas tradicionais inspiraram Garau em como usar a improvisação como um meio de redefinição do seu processo criativo no âmbito das técnicas musicais de hoje.
Desde que começou a compor, que se tem dedicado à comunicação através de multimédia, que reconhece como uma possibilidade de utilização de ferramentas expressivas e essenciais para a utilização do gesto e movimento no som…
A sua investigação aglomera música clássica, música avant-gard das correntes do século XX, assim como correntes modernas. O seu espólio composicional não é menos diverso, tanto relativamente aos materiais que utiliza como às suas fontes instrumentais. O seu trabalho inclui partituras com notação tradicional, electrónicas, peças acusmáticas, assim como combinações dialéticas de várias formas de média.
A sua obra já foi tocada por intérpretes de renome tal como: Steven Schick, Fernando Grillo, Kees Boeke, Daniel Kientzy, Andrea Padova, Antonio Politano, Roberto Pellegrini, Ensemble Contrechamps, Claudio Jacomucci, Bernard Wambach, Francesco Libetta, Francoise Rivalland, Francesco Giomi, Ulrich Krieger, Bernard Fort, Mieko Kanno, Marco Pavin, Jorge Isaac, Paul Leenhouts, Markku Luolajam-Mikkola, Mikko Perkola, Mario Caroli, Roberta Gottardi, Daniele Agiman, Vittorio Parisi, Francesco Ciminiello, Eduardo Rahn, Quartetto Tempera, Veli Kujala, Ere Lievonen, SImone Beneventi, Andreas Fischer, Andrea Sanguineti.
Como intérprete de teclados (piano, cravo e pianoforte), já esteve em digressões na Europa e América, participando em aulas sobre a sua pesquisa. Garau concebeu também o software Strati, o primeiro software para a projecção de som de música acusmática.
Notes
In the composition music mostly from the traditional heritage of Sardinia is transformed in various new and ancient manners. Indeed the digital transformation is the basis of the informatic technology but in the same time it is also at the base of many traditional composition techniques. Numeri is divided into 4 parts: The first part is a series of “crashes” followed by a tale of sound where material from the 2 main polivocal tradion of sardinia (“tenores” of the centre and “canto campidanese” of the south ) is used.The second part works with sound of percussion instrument and sound-material from the game of “morra” (in french “mourre”). The game of “morra” is an interesting exemple of “non intentional” music.
In the third part we are invited to sharpen our acoustical perception, the dynamic becomes lower, we hear glissando toward the extreme part of high and low. Sounds typical electroacoustic (noise, sinusoids, square, etc...,) are mixed with typical instrumental sounds (didjeridoo, accordeon). In this part the idea of composition is more important that the idea of transformation.
The fourth part is divided:
1) after a strong white noise (always mixed with other sounds) a bass-drum slowly starts and fastens till the end, with other sounds (like a summing up of all the composition).
2) is the inversion of the first part, a retrograde canon.
In the first part many sounds are inverse so the two parts are very similar.
Notas
Na obra, encontra-se maioritariamente música tradicional da Sardenha que é transformada através de diversas novas e antigas técnicas. A transformação digital é a base para as tecnologias de informação, no entanto, é também a base de tantas técnicas de composição tradicionais. A primeira parte corresponde a uma série de “embates”, seguidos por uma linha sonora influenciada por matéria das duas técnicas polivocais da Sardenha – “tenores” da zona central, e “canto campidanese” do sul.
A segunda parte utiliza material derivado de um instrumento de percussão assim como do jogo “morra” (“mourre” em francês), um bom exemplo de música não intencional.
Na terceira parte, a percepção acústica do ouvinte é aumentada, sendo que as dinâmicas se tornam mais baixas; ouvimos o glissando percorrendo desde o som com mais altura ao mais baixo. Sons frequentes da música electroacústica (noise, sinusoides, ondas quadradas, etc) são misturados com sons de instrumentos típicos (didjeridoo e acordeão). Aqui, o conceito de composição torna-se mais relevante do que o conceito de transformação.
A quarta parte da peça é dividida:
1) Depois de um ruído branco (sempre misturado com outros sons), o som de um tambor grave ouve-se com um ritmo em accelerando até ao fim, como um resumo de toda a obra;
2) Ocorre a inversão da primeira parte – na primeira parte, muitos dos sons são inversos, sendo que estas duas partes são muito semelhantes.
Francesco Giomi: Scabro
Biography
Composer and sound projectionist, he has collaborated with Luciano Berio and other relevant composers, musicians, choreographers and directors besides orchestras and ensembles from Italy and abroad. He has lead the live electronics staff of Tempo Reale in theatres and festivals all over the world. He has been composing about computer music for many years; since 2001 he collaborates with choreographer Virgilio Sieni; in 2003 and 2009 he obtained commissions for new musical works from GRM of Paris, while in 2007 he won the International Rostrum of Electroacoustic Music held in Lisbon. His works are regularly performed all over the world in festivals and concerts while his music is selected for and awarded by italian and foreign festivals. He is professor of the electronic music course at the Music Conservatory in Bologna.
Biografia
Compositor e projeccionista de som, já colaborou com Luciano Berio e outro compositores relevantes, músicos, coreógrafos e directores, além de orquestras e agrupamentos de Itália e do estrangeiro. Já dirigiu o staff de electrónica em tempo real em teatros e festivais por tudo o mundo. Tem-se dedicado à composição de computador há já muitos anos; desde 2001 que colabora com o coreógrafo Virgilio Sieni; realizou encomendas de obras em 2003 e 2007 pela GRM de Paris, e foi galardoado com o International Rostrum of Electroacoustic Music em 2007, que ocorreu em Lisboa. As suas obras são regularmente tocadas em festivais e concertos de todo mundo, enquanto que a sua música é selecionada e programada por festivais italianos e estrangeiros. É professor de música electrónica no Conservatório de Música de Bolonha.
Biografia
Compositor e projeccionista de som, já colaborou com Luciano Berio e outro compositores relevantes, músicos, coreógrafos e directores, além de orquestras e agrupamentos de Itália e do estrangeiro. Já dirigiu o staff de electrónica em tempo real em teatros e festivais por tudo o mundo. Tem-se dedicado à composição de computador há já muitos anos; desde 2001 que colabora com o coreógrafo Virgilio Sieni; realizou encomendas de obras em 2003 e 2007 pela GRM de Paris, e foi galardoado com o International Rostrum of Electroacoustic Music em 2007, que ocorreu em Lisboa. As suas obras são regularmente tocadas em festivais e concertos de todo mundo, enquanto que a sua música é selecionada e programada por festivais italianos e estrangeiros. É professor de música electrónica no Conservatório de Música de Bolonha.
Notes
A continuos energetic fluxus where some strong impulsive gestures arises to develop a sensitive “sound aggressiveness”. The word “scabro” is for “rough”:
· (of a surface) not smooth; uneven or irregular
· (of ground) covered with scrub, boulders, etc
· denoting or taking place on uncultivated ground: rough grazing, rough shooting
· shaggy or hairy
· turbulent; agitated: a rough sea
· (of the performance or motion of something) uneven; irregular: a rough engine
· (of behaviour or character) rude, coarse, ill mannered, inconsiderate, or violent
Notas
Um fluxo contínuo e energético onde gestos fortes e impulsivos emergem para desenvolver uma sensação de “som de ataque”. A palavra “scabro” aqui significa “áspero”:
· (superfície) não macia; irregular
· (chão) coberto de pedrugulhos, poeira, etc
· que parte em terreno não cultivado: um raspar áspero, um tiroteio incerto
· desgrenhado e piloso
· turbulento, agitado: um mar violento
· (performance ou movimento de algo) irregular: um motor impreciso
· (comportamento ou carácter) rude, vulgar, ordinário, indelicado, ou violento
Notas
Um fluxo contínuo e energético onde gestos fortes e impulsivos emergem para desenvolver uma sensação de “som de ataque”. A palavra “scabro” aqui significa “áspero”:
· (superfície) não macia; irregular
· (chão) coberto de pedrugulhos, poeira, etc
· que parte em terreno não cultivado: um raspar áspero, um tiroteio incerto
· desgrenhado e piloso
· turbulento, agitado: um mar violento
· (performance ou movimento de algo) irregular: um motor impreciso
· (comportamento ou carácter) rude, vulgar, ordinário, indelicado, ou violento
Andreas Mniestris: Variations
19h30
Surprise event
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