Fábio Pascoal e Pedro do Carmo · Concerto
Lisboa Incomum | 23 de julho, 19h30
Pedro Carmo e Fábio Pascoal começaram a tocar juntos em 2019, através do Laboratório de Música Mista José Luís Ferreira, da Escola Superior de Música de Lisboa, onde o trabalho directo com os compositores os fez ouvir novos sons, conhecer novas linguagens e experimentar outras sensações musicais. Desde então, a paixão de ambos pela música contemporânea cresceu, não só em duo mas como nas vertentes solísticas de cada instrumento, com ou sem electrónica.
Entrada gratuita, mediante reserva para lisboaincomum@gmail.com
Programa
Kaija Saariaho: Sept Papillons for solo cello, I e IV (2000)
(Violoncelo Solo)
Luís Tinoco: Solonely (2002)
(Contrabaixo e Electrónica Espacializada)
Teppo Hauto-Aho: Kadenza (1978)
(Contrabaixo solo)
Eva Aguilar: SIMOS (2021)
(Violoncelo e Electrónica)
Ana Roque: Lugar Comum (2010)
(Contrabaixo e Electrónica em Tempo Real)
Marta Domingues: Mantra (2020)
(Violoncelo, Contrabaixo e Electrónica)
Pedro do Carmo (Violoncelo)
Fábio Pascoal (Contrabaixo)
Kaija Saariaho: Sept Papillons (2000)
As Sept Papillons for Solo Cello (2000), aclamada obra de Kaija Saariaho, começaram a ser compostas durante os ensaios da primeira récita da sua ópera, L’Amour de loin. Das metáforas operáticas das “eternas qualidades” -amor, desejo e morte- Saariaho muda a sua linguagem e estilo por completo, passando para a metáfora total do efémero: As borboletas.
Serão apresentadas duas das sete miniaturas (Papillons I e IV) vistas como pequenos estudos sobre a fragilidade e o movimento efémero, sem princípio nem fim.
Luís Tinoco: Solonely (2002)
Solonely foi escrita para um solo de dança integrado no ciclo Invenções, co-produzido pela Fundação das Descobertas e pela Casa da Música | Outubro 2002.
Os materiais inicialmente apresentados pelo solista, pretendem criar uma série de paisagens sonoras e coreográficas, sendo posteriormente reproduzidos e tratados electronicamente. Curiosamente, apesar de o som resultante sugerir, por vezes, uma forte presença da componente electrónica, na realidade, ela é apenas uma ferramenta usada para montar uma série de sequências pré-gravadas, às quais foi adiccionado algum tratamento de efeitos (reverberação e eco) e, posteriormente, uma espacialização a 6 canais. Neste ponto, gostaria de deixar uma palavra de grande apreço pelo precioso auxílio do meu colega e amigo Emanuel Marcelino.
Tratando-se neste trabalho, com o coreógrafo David Fielding, de uma invenção sobre a ideia de solidão, a música composta procura explorar e enfatizar este conceito, criando um contexto em que um solista toca acompanhado pela sua própria voz, isto é, dialogando com os argumentos do seu próprio monólogo.
Teppo Hauto-Aho: Kadenza (1978)
Kadenza é uma peça que explora uma ampla gama de cores, timbres e técnicas do contrabaixo, apresentando caráter contrastantes, seções rítmicas e seções livres. O compositor utiliza um conjunto de técnicas contemporâneas, dando particular atenção ao pizzicato nas suas diversas formas (pizzicato tremolo com as unhas, acordes pizzicato com harmónicos e pizzicato com ambas as mãos), aos harmónicos e acordes.
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