"Vanitas, natura morta in un atto", para voz, piano e violoncelo, de Salvatore Sciarrino, é uma fascinante obra de vanguarda, com cerca de 50 minutos de duração, que se situa algures entre uma ópera intimista e o grande Lied, e é muito representativa da carreira profissional do compositor italiano, uma das figuras de proa da música atual. Vanitas foi estreada no Teatro Piccola Scala de Milão em 1981. A composição é uma amálgama de sons de três intérpretes que assumem igual protagonismo, rivalizam e complementam-se na procura do espaço musical, mas também no silêncio, o que a torna uma composição altamente refinada e um bom exemplo do estilo composicional de Sciarrino.
r.mutt
Paulo Amendoeira | Com a participação dos alunos da Escola de Artes da Universidade de Évora David Russo e Gonçalo Cerqueira
16h30, Palácio de D. Manuel
Sinopse:
O gesto depende de duas qualidades essenciais: a sua legibilidade e o seu significado. A legibilidade é garantida se pensarmos nos gestos associados a um percussionista: é uma característica inerente à cinética dos instrumentos que manipula.
O significado é aplicado de formas bastante distintas neste concerto: por um lado, como sub-produto do ato de tocar, em peças como Splitting 4 ou Três quadros sobre pedra. As diferenças energéticas no gesto são, por si só, um meio de unificar todo o material de uma peça e desempenham um papel importante na compreensão do mesmo, para público e intérprete.
Por outro, os elementos extra-musicais tornados som e forma, em ?Corporel ou Od’estantes, onde o gesto carrega um contexto simbólico e se assume como material composicional nos campos visual e sonoro.
A simbiose entre estas duas formas de tratar o gesto como agente central e estrutural cria uma constante corrente de feedback que se auto-alimenta, estimulando o pensamento através de referências sonoras e visuais.
Em 1992, Vinko Globokar publicava Anti-Badabum, um manifesto contra uma lógica vigente na música para percussão da altura, que tratava um instrumento como capaz de produzir um som. Esta filosofia deu origem a peças com uma panóplia de instrumentos imensa, dando origem a uma nova forma estereotipada de virtuosismo baseada no puro prazer de bater num objeto, com o objetivo de tocar cada vez mais rápido e mais forte, aproximando o ato de tocar apenas a uma atividade física.
As obras apresentadas exploram diferentes objetos e instrumentos de forma aprofundada, dando origem a complexos sonoros e também visuais criados numa simbiose entre compositor e intérprete, diretamente ou como consequência da natureza aberta de algumas das partituras.
Programa:
Pauline Oliveros: Rolling Meditation (1989) [ca. 10’]
Michael Maierhof: Splitting 4 (16 Readymades) (2000) [ca. 12’]
Vinko Globokar: ?Corporel (1989) [ca. 8’]
Luís Antunes Pena: Três Quadros sobre Pedra (2008) [ca. 9’]
Eva Aguilar: Od’estantes (2023) [ca. 12’]
Paulo Amendoeira, Percussão
Gonçalo Cerqueira e David Russo, Percussão
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A Versatilidade das Cordas | ars ad hoc
21h00, Auditório do Colégio Mateus d’Aranda
Programa:
Mariana Vieira (1997): Quarteto de Cordas nº1 (2023) [ca. 10’]
Beat Furrer (1954): Spur (1998) [ca. 15']
quinteto com piano
Beat Furrer (1954): intorno al bianco (2016) [ca.25']
quinteto com clarinete
Matilde Loureiro e Diogo Coelho, violino
Ricardo Gaspar, viola
Gonçalo Lélis, violoncelo
Horácio Ferreira, clarinete
João Casimiro Almeida, piano
Diana Ferreira, programação
Arte no Tempo, produção
A Arte no Tempo é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura / Direcção Geral das Artes.
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Biografias:
Ana Telles
A pianista portuguesa Ana Telles estudou em Lisboa, Nova Iorque e Paris, tendo obtido o grau de Bachelor of Arts (Piano Performance) na Manhattan School of Music e o de Master of Musical Arts (na mesma especialidade) na New York University. Estudou com Yvonne Loriod-Messiaen, Sara D. Buechner, Nina Svetlanova, Dmitry Paperno, Sequeira Costa e Alicia de Larrocha (Piano), bem como Isidore Cohen e Sylvia Rosenberg (Música de Câmara), entre outros.
Ana Telles tem tocado como solista e integrada em grupos de música de câmara em Portugal, Espanha, Alemanha, França, Itália, Irlanda, Polónia, Cuba, Brasil, Taiwan, Coreia do Sul e E.U.A. Apresentou-se em salas prestigiadas tais como a Salle Cortot (Paris), o Grande Auditório de Dijon (França), o Borden Auditorium (Nova Iorque, E.U.A.), a Sophiensaele (Berlim), o Grande e o Pequeno Auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian, o Grande Auditório da Culturgest e o Pequeno Auditório do Centro Cultural de Bélem, entre outras. Ana Telles é Professora Associada com Agregação no Departamento de Música da Universidade de Évora e Directora da Escola de Artes da mesma Universidade desde Janeiro de 2017.
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Ana Telles ©Manuel Luís Cochofel |
Ars ad hoc
O ars ad hoc foi criado no contexto da Arte no Tempo como resposta à vontade de fazer música de câmara com os mais elevados padrões de exigência, combinando obras do grande repertório com a mais recente criação musical. O seu primeiro concerto decorreu no Outono de 2018, numa temporada apoiada pela Direcção Geral das Artes e o Município de Aveiro, em que pôs em confronto música de grandes clássicos com o trabalho de um dos mais interessantes criadores do nosso tempo, o compositor suíço-austríaco Beat Furrer (Schaffhausen, 1954), com quem preparou, em 2019, a estreia nacional do seu quinteto intorno al bianco [2016].
Na atribulada temporada de 2019/20, o ars ad hoc prestou particular atenção à música de Ludwig van Beethoven (1770-1827) e de Luís Antunes Pena (1973), tendo ainda revisitado obras de Beat Furrer e interpretado obras tão extraordinárias como Talea [1982], de Gérard Grisey (1946-1998). Além da sua “temporada regular”, o ars ad hoc marcou ainda presença em alguns festivais, estreando obras encomendadas a compositores portugueses e estrangeiros.
Ainda condicionada pela pandemia de COVID-19, a temporada de 2020/21 trouxe algumas estreias nacionais e absolutas, tendo o ano de 2021 ficado positivamente marcado pelo início da colaboração do agrupamento com a Fundação de Serralves, onde passa a desenvolver as suas residências artísticas, encontrando o ambiente adequado ao desenvolvimento de um trabalho sério de preparação e de apresentação do que tem vindo a desenvolver especificamente no campo da música dos nossos dias – trabalho esse que, de forma mais isolada, apenas vinha a apresentar nas bienais que a Arte no Tempo realiza no Teatro Aveirense. Outras colaborações, trazem a público um ars ad hoc com um campo de acção mais abrangente e versátil, combinando a mais recente criação musical com obras incontornáveis do grande repertório clássico e romântico.
Em 2021/22, o ars ad hoc explorou em especial a música de Simon Steen-Andersen (1976), não deixando de fazer estreias absolutas de compositores portugueses e estreias nacionais de compositores como Beat Furrer, Joanna Bailie e Clara Iannotta. Centrando-se no universo de Helmut Lachnemann (1935), a temporada de 2022/23 contou com mais estreias de compositores portugueses e com a passagem do agrupamento por diferentes festivais.
A compositora em foco na temporada de 2023/24 é a italiana Clara Iannotta (1983).
O desenvolvimento de um trabalho regular na Fundação de Serralves – com programas próprios e outros paralelos às exposições, em colaboração com o Serviço de Artes Performativas – tem sido um importante contributo para o crescimento artístico do projecto, que continua a levar a grande música a diferentes palcos e a públicos diversos, dando a conhecer o que de melhor se cria nos nossos dias e impulsionando a criação de nova música, em especial junto de compositores mais novos.
Apesar de ter já realizado mais de uma dezena de estreias absolutas e outras tantas primeiras audições portuguesas, o ars ad hoc pretende afirmar-se pela qualidade do trabalho que desenvolve, privilegiando a profundidade das suas interpretações em detrimento do número de obras ou compositores tocados, procurando, sempre que possível, desenvolver uma relação de proximidade com os compositores na exploração das obras.
Com programação de Diana Ferreira, o ars ad hoc é formado por músicos que, depois de se terem notabilizado em Portugal, complementaram os seus estudos no estrangeiro, como o flautista Ricardo Carvalho (Aveiro, 1999), o clarinetista Horácio Ferreira (Pinheiro de Ázere, 1988), o pianista João Casimiro de Almeida (Cabeceiras de Basto, 1994), os violinistas Álvaro Pereira (Guimarães, 1986), Diogo Coelho (Porto, 1988) e Matilde Loureiro (Lisboa, 1994), os violetistas Ricardo Gaspar (Lisboa, 1991) e Francisco Lourenço (Lisboa, 1997) e o violoncelista Gonçalo Lélis (Aveiro, 1995).
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ars ad hoc @André Delhaye_Fundação de Serralves |
David Russo
David Rodrigues Russo, natural de Évora, concluiu o 8º grau do Curso Articulado de Música, no Conservatório Regional de Música de Évora – Eborae Musica, na classe do Professor Vasco Ramalho.
Concluiu, no passado ano letivo, a Licenciatura em Música na Universidade de Évora, sob a tutoria do Professor Marco Fernandes e Eduardo Lopes.
Participou em várias masterclasses com professores de renome dos quais salienta: Ludwig Albert, Theodor Milkov, Rui Sul Gomes, Igor Lesnik, Nuno Aroso, Miquel Bernat, Jeffery Davis, André Dias, Pedro Carneiro, entre outros.
Integrou diversos estágios e festivais entre os quais o 3º Festival Itinerante de Percussão (FIP); o V Estágio da Orquestra Sinfónica “Ensemble” e fez reforço na Orquestra do Alentejo.
Faz parte do Ensemble de Clarinetes da Universidade de Évora, tendo apresentado vários espetáculos, dos quais destaca o espetáculo de dia 3 de janeiro de 2023, no Teatro Garcia de Resende, em Évora.
Realizou vários concertos com o Ensemble de Metais de Universidade de Évora, bem como com o Ensemble de Metais da Metropolitana.
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David Russo |
Ensemble DME
O Ensemble DME foi criado em 2013 no âmbito do Projecto DME, uma iniciativa fundada pelo compositor Jaime Reis para promover a prática musical contemporânea e electroacústica. Tem como maestros residentes Pedro Pinto Figueiredo e Jean-Sébastien Béreau.
O Ensemble DME actuou em numerosas salas de concertos e festivais, dos quais destacamos a Fundação Logos (Gent, Bélgica), a digressão pelo Brasil com mais de uma dezena de concertos, o Auditorio Santa María (Plasencia, Espanha), Casa da Música (Porto), Palácio Foz e Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa).
O Ensemble DME tem quatro edições fonográficas, onde se incluem os monográficos de Mario Mary (editora CMMAS) e de João Pedro Oliveira, e as edições com foco nas obras de autores portugueses contemporâneos para violeta, por Aida-Carmen Soanea, e para piano, por Ana Telles.
Ao longo de uma década de actividade, o Ensemble DME tem interpretado obras de compositores como Brian Ferneyhough, Christopher Bochmann, Elliott Carter, Gerhard Stäbler, Gérard Grisey, Jaime Reis, Jean-Sébastien Béreau, Lula Romero e Ludger Brümmer.
Actualmente, tem orientado o seu trabalho para projectos multidisciplinares, onde se destaca a estreia do espetáculo “Geometrias do Inelidível”, de Jaime Reis, produzido pela EMSCAN em 2022, e o concerto co-organizado com o Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, “Esplorazioni”, dedicado à relação entre espaço e som, com o compositor e maestro italiano Valerio Sannicandro, que incluiu estreias de obras suas e do compositor e arquitecto Diogo Alvim.
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Ensemble DME @Pedro Pina |
Gerhard Stäbler
Gerhard Stäbler (*1949) é um dos mais distintos compositores da sua geração: estreias recentes incluem Chicago, Kiev, Montevideo, Tóquio, Wroclaw, nos teatros de Linz, Munique, Münster, Oslo, Würzburg e Ulm, e em várias cidades alemãs (por exemplo, Colónia: HÖR-FLECKEN numa estação de metro e versão orquestral de Den Müllfahrern von San Francisco na Philharmonie). Por ocasião do 70º aniversário de Stäbler, foram realizados extensos concertos de retrato em Seul, Estugarda, Colónia, Duisburg e Trier, entre outros. A obra de conjunto GAME e o quarteto de cordas "- - ] erzählen" foram criados para esta ocasião. Durante o período de paragem cultural em 2020/21, Stäbler escreveu, entre outras, a obra orquestral "TIEFEN-SCHÄRFE", o noneto "LOB DES SELBEN", "all is to be dared" para conjunto vocal, "Magische Spiele" para até 17 pianos e "Taubes Schwarz" para conjunto. Houve também emissões na RBB, Rádio Belgrado, NDR, DLF, SWR e projectos em Dresden, Coreia e no Festival Contraste (Lviv, Ucrânia). Em 2022 / 2023, Stäbler, juntamente com Kunsu Shim, passou residências de estudo alargadas em Istambul, com workshops expostos e concertos performativos na Casa da Cultura Barin Han, em cooperação com a Universidade BAU, e no Museu ARTER de Arte Contemporânea.
Seguiram-se, em 2023, em Trier, as estreias mundiais de CELAN-SONG para soprano e piano (2021) e "Magische Spiele" para 4 pianos. 2023 / 2024: várias residências em Portugal e na Turquia.
Em 2015 - com o apoio da Kunststiftung NRW - a Pfau-Verlag publicou o livro Gerhard Stäbler. "live / the opposite / daring" - música, gráfico, conceito, evento de Paul Attinello.
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Gerhard Stäbler ©EarPort |
Gonçalo Cerqueira
Gonçalo Cerqueira (1999) iniciou em 2018 a Licenciatura em Música na Universidade de Évora, na classe do professor Marco Fernandes, terminando o curso com 17 valores no recital final.
Atualmente frequenta o Mestrado em Ensino de Música, na Universidade de Évora, sob orientação do Professor Doutor Eduardo Lopes.
Em 2022, apresentou a obra “Asanga” do compositor Kevin Vollans, a solo no Cine-Teatro Curvo Semedo. No mesmo ano, executou a estreia absoluta da obra “Simple Thing” para Vibrafone do compositor Alexandre Almeida. Ainda participou enquanto orador no segundo Seminário de Didática Específica para o Ensino Vocacional de Música, realizado pela Universidade de Évora.
Participou em Masterclasses com professores como Rui Sul Gomes, Jeffery Davis, André Dias, Ramon Lormans, Vicent Houdijk, Anders Astrand, Maikel Claessens, Abel Cardoso, Ludwing Albert, Richard Buckley.
Membro integrante do Ensemble de Percussão do Professor Miquel Bernat em 2019 no Festival itinerante de Percussão, membro da Orquestra Nacional de Sopros (Portel) em 2017 e 2018, membro integrante da Orquestra de Sopros da Universidade de Évora, participou em vários programas da Orquestra de Cordas da Universidade de Évora dirigida, é também membro da Banda da SAFM "Carlista".
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Gonçalo Cerqueira |
Jade Cambournac
Jade Cambournac (Lisboa, 2000) começou os seus estudos artísticos aos 5 anos de idade na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, sendo que em 2018 terminou o curso de Música com a classificação máxima de 20 valores na Prova Final de Curso. Nesse mesmo ano continuou os seus estudos na Escuela Superior de Música Reina Sofia, em Madrid, onde estudou na classe da professora Ana Chumachenco com bolsa de estudos.
Como violinista tem sido laureada em diversos concursos e tem participado em festivais e masterclasses nacionais e internacionais tendo-se apresentado em diversas salas de espetáculo ou em recitais a solo, ou acompanhada ao piano ou acompanhada por orquestra.
Atualmente dedica-se maioritariamente ao teatro, área que desde cedo fez parte do seu percurso artístico. No âmbito escolar teve aulas de representação durante vários anos na classe de expressão dramática do Conservatório Nacional, frequentou os cursos de iniciação ao teatro e de Improvisação e Criação do Espetáculo na EVOÉ e actualmente frequenta o curso de Teatro da Universidade de Évora.
Como actriz trabalhou sob a encenação de nomes como Ana Tamen, Bruno Cochat, Elena Nentwig, Filipe La Feria, João Sobral, Jorge Balsa, José Alegria, Maria João Vicente, Paulo Alves Pereira, Ricardo Silva e Rubén Santos.
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Jade Cambournac |
Kunsu Shim
Kunsu Shim (*1958) é um compositor e artista performativo. Na sua linguagem sonora, fundem-se ideias de opostos como o caos e a ordem, o acaso e a causalidade, o caminhar e o demorar, a fuga e a interrupção, o suave e o áspero, eu e tu (WE). Shim entende o seu trabalho como uma contemplação da exterioridade, ou seja, sem misticismo. As suas performances na sucessão do Fluxus esforçam-se por destruir a visibilidade das coisas, tornando-as intangíveis. Desde o início dos anos 90, a sua colaboração com o compositor alemão Gerhard Stäbler também tem sido formativa, desde o conceito original de música performativa até às composições conjuntas. Para o ano do aniversário de Beethoven 2020, compôs, entre outras, a obra orquestral VON HIER FORT? - Um Intermezzo para a Sinfonia n.º 7 de Beethoven e uma performance com sinfonias de Beethoven para vários gira-discos ... ÖFFNETE PLÖTZLICH DIE AUGEN. (... OS OLHOS ABRIRAM-SE DE REPENTE). No verão de 2022, o CD Luft.Inneres com o Quarteto de Cordas Luna foi lançado pela famosa editora britânica anothertimbre.com. Em setembro de 2022, a obra de conjunto KLEINES, FERNES foi estreada no âmbito da Muziek Biennale Niederrhein, encomendada pela Kunststiftung NRW. Em fevereiro de 2023, o quarteto de cordas "So Seidig, So Subtil" foi estreado pelo Luna Quartet Amsterdam no Opening Festival 23 em Trier.
No outono passado, Shim foi nomeado, juntamente com Stäbler, professor visitante na Universidade Nacional do Uruguai, em Montevideu. Em 2022/23, Shim e Stäbler receberam uma bolsa de residência da Kunststiftung NRW para uma estadia de três meses em Istambul. Aí realizaram workshops na Universidade BAU, um concerto com estudantes desta universidade na Barin Han Art House, e organizaram o grande projeto "Good-Bye Paradise?" em colaboração com o Hezarfen Ensemble no Museu ARTER de Arte Contemporânea no final de janeiro de 2023, apoiado pela Kunststiftung NRW e pelo Ministério da Cultura e Ciência do Estado da NRW. Além disso, Shim e Stäbler foram convidados pela segunda vez como professores convidados do Conservatório de Amesterdão, no início de abril deste ano, para dirigir um workshop que durou vários dias e cujo concerto final decorreu na casa de dança ICK Dans Amsterdam.
Em 2018, o Instituto Heinrich Heine de Düsseldorf, com financiamento da Kunststiftung NRW, publicou o livro LEISE.FREI sobre o extenso trabalho composicional e visual de Shim na Edition Virgines.
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Kunsu Shim @EarPort |
Mariana Vieira
Mariana Vieira (Sintra, 1997) completou a licenciatura em Composição e o mestrado em ensino de música na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com Carlos Caires e Jaime Reis.
O seu catálogo inclui música acusmática, mista e instrumental, para formações de música de câmara, ensemble, orquestra e a solo, bem como obras didácticas.
A sua música foi apresentada em festivais como Young Euro Classic e BachFest (Alemanha), L'Espace du Son (Bélgica), Audio Art (Polónia), Electroacoustic Music Days (Grécia) Crossroads e Echoes Around Me (Áustria), Monaco Electroacoustique (Mónaco), Aveiro_Síntese e Música Viva (Portugal).
Recebeu prémios como o “European Composer Award” (Alemanha) em 2017 com a sua peça "Raiz", escrita para a Jovem Orquestra Portuguesa (JOP), o “Electronic Music Composition Contest” da revista Musicworks (Canadá) em 2021 e o concurso “Young Lion*ess of Acousmatic Music” promovido pelo “The Acousmatic Project” (Áustria) em 2022.
Além da sua produção composicional, interessa-se por desenvolver projectos artísticos que combinem música e tecnologia, trabalho que concretiza enquanto membro da equipa do projecto DME, do espaço Lisboa Incomum e da associação EMSCAN. É Professora Assistente na Escola Superior de Artes Aplicadas (Castelo Branco, Portugal).
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Mariana Vieira @Sofia Nunes |
Paulo Amendoeira
Paulo Amendoeira é um percussionista dedicado à música contemporânea estabelecido em Bern. Está interessado em criar e promover nova música, a solo ou música de câmara. Inclui a
improvisação livre, a electrónica e outros meios multimédia ao seu universo estético.
Foi membro da Academia do Sond'Ar-Te Electric Ensemble, Ulysses Percussion Ensemble 2022 (em parceria com Percussions de Strasbourg), epoche f (com membros do Ensemble Modern) e desenvolveu um espetáculo multidisciplinar para crianças no Centro Cultural de Belém/Fábrica das Artes (com Sete Lágrimas).
Apresentou-se em festivais como Warsaw Autumn Festival, ManiFeste (IRCAM), Time of Music Vitaasaari, Gaudeamus Festival, IndieLisboa, OutFest, GMEA Experiences, Festival Itinerante de Percussão, BigBang, Festival Música Viva, Festival Jovens Músicos.
Colaborou com compositores como João Quinteiro, Eva Aguilar, João Carlos Pinto, Carlos Lopes, Inês Madeira Lopes, Miguel Azguime, Beat Furrer, Zeynep Toraman, David Bird, Michael Maierhof, Cathy van Eck, Elnaz Seyedi.
Concluiu a licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa, com Pedro Carneiro em 2023. No mesmo ano, inicia o mestrado em performance na Hochschule der Künste Bern com Brian Archinal.
Os seus principais projectos são ASTRUS Duo, touchez e | klang.data|. É membro do Capdeville Ensemble e colabora com as Percussões da Metropolitana, o Concrète [Lab] Ensemble, o MerakTrio e a Orquestra de Câmara Portuguesa.
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Paulo Amendoeira @João Fructuosa |
Pedro Nascimento
Natural do Porto, frequentou o Conservatório de Música da mesma cidade, a Escola de Música do Conservatório Nacional, em Lisboa, e o Conservatório Licínio Refice de Frosinone, em Itália. Encontra-se a concluir o mestrado em ensino da música na Escola Superior de Artes Aplicadas, em Castelo Branco.
Enquanto coralista, colaborou com: Círculo Portuense de Ópera, Estúdio de Ópera da Casa da Música, Companhia Portuguesa de Ópera, Orquestra do Norte, Orquestra do Algarve, Voces Caelestes, entre outros, e integrou o elenco do musical Amália de Filipe La Féria.
Entre 2005 e 2011 foi membro do coro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Enquanto cantor solista, apresentou-se em recitais e integrou o elenco de várias oratórias. Interpretou mais de 15 papéis de ópera, entre os quais a estreia de Tio Lopes, em Orquídea Branca, de Jorge Salgueiro, e Selimo, em La Zaira, de Marcos de Portugal, na Fundação Calouste Gulbenkian.
Frequentou cursos e masterclasses de direção coral com Silvano Mangiapelo, Eugene Rogers, Piero Gallo, Paulo Lourenço, Elisenda Carrasco e Stephen Coker, entre outros.
Foi professor de canto e coro no Conservatório Regional de Évora, na Álamos Art - Academia de Música e Artes dos Álamos e no Conservatório Regional de Artes do Montijo.
Organiza regularmente vários eventos corais para crianças e jovens.
Actualmente, dirige os coros CorUÉ - Coro da Universidade de Évora, Coral Évora, Coro de Câmara de Montargil e o Coro da Casa do Povo de Lavre.
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Pedro Nascimento |
Pedro Pinto Figueiredo
Pedro Pinto Figueiredo (maestro e compositor) nasceu em Lisboa. Depois de terminar o Curso Geral de Composição da Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, concluiu o bacharelato em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com o professor e compositor Christopher Bochmann. Trabalhou mais tarde, com o compositor Emmanuel Nunes, em Paris, enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 1997, iniciou os estudos de Direcção de Orquestra no Conservatório de Dijon, na classe do Maestro Jean Sebastian Béreau, tendo conquistado, em 2002, a medalha de ouro do concurso de finalistas do respectivo conservatório. Trabalhou também com o Maestro Peter Rundel e Emílio Pomarico, na área da direcção de música contemporânea, e colaborou com o primeiro na gravação de Duktus e Epures de la serpen vert, bem como na ópera Das Märchen, de Emmanuel Nunes. Em 2009, estreou na Casa da Música, como maestro assistente, a obra La Douce, de Emmanuel Nunes.
Em 2002, iniciou os projectos Orquestra A2M – Arquivo da Memória Musical e, em 2003, o grupo de música contemporânea, Lisbon Ensemble 20/21.
Em 2003, estreia-se em Portugal com a Orquestra Filarmonia das Beiras, tendo desde então dirigido vários agrupamentos e orquestras, no pais e no estrangeiro, de que se salientam a Orquestra do Algarve, Orquestra de Câmara de Almada, a OrquestrUtópica, o Grupo de Musica Contemporânea de Lisboa, Ensemble DME, Orquestra Gulbenkian, Vertixe Sonora, New Babylon e Remix Ensemble,.
É um dos fundadores e agora presidente da direção da Associação Portuguesa de Compositores desde 2017.
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Pedro Pinto Figueiredo @João Vasco |
Vertixe Sonora
Desde o seu aparecimento em 2010, Vertixe Sonora tornou-se uma verdadeira força motriz da sociedade espanhola e um dos seus conjuntos mais activos. As estreias permanentes de novas obras permitem-lhe participar na criação sonora internacional com um protagonismo ativo e desafiante. É já um ponto de referência insubstituível para a última geração de compositores internacionais que encontram nas suas produções a oportunidade de desenvolver propostas musicais com uma perspetiva global e num estado de permanente convulsão, em busca da excelência artística. O Vertixe Sonora desenvolve uma programação diversificada que dinamiza o ecossistema cultural europeu, favorecendo o intercâmbio e a coesão através da música do nosso tempo.
Os ciclos "Música e a Arte: Correspondências Sonoras" no CGAC, "Do Audible" (um encontro entre música contemporânea, ciência, arte e pensamento), "MIHLsons" na cidade de Lugo, ou o seu próprio "Festival Internacional Vertixe", são algumas das contribuições que renovaram o público musical espanhol da Galiza. Vencedor do Prémio Martín Codax 2016 de Música Clássica Contemporânea, realizou mais de 300 estreias mundiais de compositores de todo o mundo. Em Espanha tem levado o seu repertório à Mostra Sonora de Sueca, Festival XXXVI Encontre Internacional de Compositores em Maiorca, Ciclo BBVA de Música Contemporânea de Bilbao, Festival SON de Madrid, Festival SMASH de San Sebastián, Festival Bernaola de Vitoria, Festival MIXTUR de Barcelona como ensemble residente ou no XXVII Premio Jóvenes Compositores SGAE-CNDM 2016 no Auditorio 400 do Museo Nacional del Centro de Arte Reina Sofía. O seu reconhecimento internacional permite-lhes estar presentes no Oh Ton Festival em Oldenburg (Alemanha), Festival Electr()cution em Brest (França), Levande Musik em Goteborg e Samtida Musik em Estocolmo (Suécia), Festival de Música Nova de Monterrey (México), CSUF New Music Series, Meng Fall Fullerton, California (EUA), ou ensemble residente no Soundscape Festival em Cesena (Itália). 2019 levou-os novamente ao México, ao Festival Callejón del Ruido, em Guanajuato, e à cidade de Basileia (Suíça). Recentemente, desenvolveram os seus projectos em Viena e Hong Kong.
O seu trabalho foi apresentado no documentário Correspondencias sonoras (2013), do realizador Manuel del Río e em son[UT]opias (2014) da Universidade de Santiago de Compostela. A Vertixe editou em CD, entre outros, o concerto do XXVII Premio Jóvenes Compositores Fundación SGAE-CNDM 2016, o ciclo Die Wanderung do compositor Lula Romero para a WERGO em 2019, uma monografia do mexicano Víctor Ibarra para a NEOS em 2020, e outra monografia do colombiano Camilo Méndez também para a NEOS em 2023.
Desde 2021, o Vertixe é a secção espanhola da INTERNATIONAL SOCIETY FOR CONTEMPORARY MUSIC (ISCM).
3 de Novembro de 2023
Salão Nobre do Teatro Garcia de Resende
Diálogos de som e imagem: Obras para piano, electrónica e vídeo | Ana Telles
@Teresa Ramos Maluenga
Auditório do Colégio Mateus d’Aranda
FADENSPIELE | Ensemble DME, Gerhard Stäbler & Kunsu Shim | Com a participação dos alunos da Escola de Artes da Universidade de Évora
4 de Novembro de 2023
Palácio de D. Manuel:
Coro dos Pequenos Cidadãos | Mariana Vieira
@Teresa Ramos Maluenga
Auditório do Colégio Mateus d’Aranda
Vanitas | Ensemble Vertixe Sonora
@Teresa Ramos Maluenga
Palácio de D. Manuel:
r.mutt | Paulo Amendoeira
Com a participação dos alunos da Escola de Artes da Universidade de Évora David Russo e Gonçalo Cerqueira
@Teresa Ramos Maluenga
Auditório do Colégio Mateus d’Aranda:
A Versatilidade das Cordas | ars ad hoc
@Teresa Ramos Maluenga
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