O Canto das Sementes III
Concerto:
22 OUT de 2025, 19h30 | Lisboa Incomum
“O Canto das Sementes” é um projecto que reúne 4 jovens compositores em formação ou recém formados pelas 4 instituições de ensino superior com curso de composição em Portugal (ESMAE - Porto, ESML - Lisboa, Universidade de Aveiro e Universidade de Évora): João Ricardo (UÉ), Cristóvão Almeida (ESML), Yanis (UA) e Yanis El-Masri (ESMAE).
Estes artistas emergentes foram orientados pela compositora e professora na Universidade de Aveiro, Sara Carvalho, para a criação de um espectáculo único sob uma janela de oportunidade de contacto com o panorama musical internacional. Pretendemos fomentar o germinar das novas gerações de criadores através de uma plataforma que fomenta a sua projecção internacional, passando a ter o seu repertório nas mãos de um grupo internacional que realiza concertos regulares na europa central e que procura novas peças para a sua formação instrumental.
Para a edição de 2025, o convidados são o Ensemble DME.
Entrada gratuita, mediante reserva para lisboaincomum@gmail.com
Ensemble DME
Alex Waite, piano
Ângela Carneiro, violoncelo
Beatriz Costa, violino
Programa:
Luana Ambrósio: Gérmen (2025) *
João Ricardo: Shark Wank (2025) *
Cristóvão Almeida : Ringing fillis on swept floors (2025)*
Yanis El-Masri: Flowers & Fire (2025)*
Sara Carvalho: Sobre a areia o tempo poisa (2016)
* Encomenda Projecto DME

O Ensemble DME foi criado em 2013 no âmbito do Projecto DME, uma iniciativa fundada pelo compositor Jaime Reis para promover a prática da música contemporânea e electroacústica. Tem trabalhado com maestros como Jean-Philippe Wurtz, Jean-Sébastien Béreau, Pedro Figueiredo, Rita Castro Blanco, Valerio Sannicandro, entre outros.
Mais recentemente, o ensemble tem realizado projectos multidisciplinares, onde se destaca a estreia do espetáculo “Geometrias do Inelidível”, de Jaime Reis, produzido pela EMSCAN em 2022, o concerto co-organizado com o Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, “Esplorazioni”, dedicado à relação entre espaço e som, com o compositor e maestro italiano Valerio Sannicandro, assim como colaborações com o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian em torno de Iannis Xenakis e Mieko Shiomi, uma das fundadoras do movimento Fluxus.
O ensemble tem tocado em vários palcos e festivais, incluíndo a Logos Foundation (Ghent, Bélgica), Palladium (Malmö, Sweden), digressões no Brasil (2015, 2023), Auditorio Santa María (Plasencia, Espanha), Casa da Música (Porto), Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Palácio Foz (Lisboa), o Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa), e o Loop Festival (Bruxelas, Bélgica).
Desenvolve ainda vários projectos didáticos e pedagógicos com o intuito de se aproximar das camadas mais jovens de artistas, proporcionando experiências formativas em contexto performativo, oportunidades de criação colaborativa e contacto directo com a linguagem e estética da música contemporânea.
JOÃO RICARDO é doutorando em Composição na Universidade de Évora, onde estuda com Pedro Amaral. Foi aluno particular de Luís Soldado e frequentou workshops e masterclasses com compositores e investigadores como Jaime Reis, Vincent Debut, Michelle Agnes Magalhães, Ake Parmerud, Sérgio Azevedo, Luis Naón, Christopher Bochmann, entre outros.
As suas óperas têm sido estreadas pela RÉPTIL (O que se esconde no silêncio, 2024) MUSICAMERA (Vivos até á morte, 2024), QUARTETO CONTRATEMPUS (Torre da Memória, 2023; O que vai para o mar, 2022), OPERAFEST LISBOA (Minotauro, 2022; Eco/Arquipélago, 2020) e INESTÉTICA COMPANHIA TEATRAL (a dor de todas as ruas vazias, 2019). A ária Quando enganei os deuses foi a obra vencedora do prémio Carlos de Ponte Leça, na Maratona Ópera XXI, em 2021. Foi selecionado como Compositor Residente na ORQUESTRA DE CÂMARA DE CASCAIS E OEIRAS para o ano de 2022, e em novembro do mesmo ano a sua obra Mãe desconhecida para oboé e piano venceu o Concurso Internacional de Música Terras de Santiago na vertente de composição.
No domínio da investigação os seus mais recentes textos estão incluídos em publicações como “New Approaches to Sound, Music, and Media” (Bloomsbury Publishing), “Sonoridades Eborense” (CHAM, CESEM), “INSAM: Journal of Contemporary Music, Art and Technology”, entre outros. É investigador afiliado ao Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM FCSH/UNL) desde 2019, com o “Grupo de Investigação em Música Contemporânea” e com a “Linha de Estudos de Ópera”. Integra atualmente a equipa de investigadores do projeto “PASEV: Patrimonialização da Paisagem Sonora de Évora” (CESEM UÉvora). Colabora também regularmente com a “AREPO – Associação de Ópera e Artes Contemporâneas”, em trabalhos de edição musical e produção de eventos.
Luana Ambrósio (n. 1999), natural de Faro, iniciou os estudos musicais em piano, tendo estudado no Conservatório Regional do Algarve Maria Campina em Faro e na Escola de Música do Conservatório Nacional (EMCN) em Lisboa. Em 2018, descobriu a sua vocação para a composição e ingressou no curso secundário de Composição no EMCN, sob orientação do professor Eli Camargo. Paralelamente, estudou Fotografia e Produção de Vídeo com o professor João Vasco, explorando a interação entre música e imagem, resultando em diversos projetos multimédia de música acústica e eletroacústica. Concluiu o curso em 2021 com nota máxima no exame final.
A sua estreia como compositora ocorreu em 2019, com a peça "Watery Movements", apresentada no Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras, Lisboa. Atualmente, encontra-se a terminar a licenciatura em Composição na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), sob tutoria de Daniel Moreira, tendo estudado com os professores Carlos Azevedo e Filipe Vieira nos anos anteriores. Entre os destaques recentes, recebeu uma encomenda para uma obra para saxofone alto solo, destinada ao concurso Prémio Jovens Músicos, edição de 2025.
Cristóvão Almeida completou a usa primeira licenciatura em 2022 na ESART na variante de Formação Musical, Direção Coral e Instrumental (FMDCI) em 2022. Atualmente, está a finalizar a sua segunda licenciatura na ESML em Composição com o compositor Carlos Caires.
Enquanto compositor, a sua peça “Until Quantum” foi seleccionada no âmbito do projecto “Música em Criação” para apresentação nos Reencontros de Música Contemporânea 2023, organizados pela associação Arte no Tempo. A sua peça acusmática, Estudo Acusmático, foi estreada no dia 10 de Janeiro de 2024 após ter sido selecionada no âmbito iniciativa da Associação Claraboia, no projecto Decomposição - Mostra de Compositores Emergentes. A mesma obra foi ainda tocada nos Festivais de Outono de 2024 em Aveiro, no Electroacoustic Music Days 2024 na School of Fine Arts in Athens, na Grécia e será tocada no Festival Música Contemporânea Évora 2024. A sua obra, Foco no Desfoque, encomenda de Tiago Coimbra, para oboé e electrónica em tempo real, até oito canais foi estreada no Lisboa Incomum a 22 de Junho de 2024. No âmbito didático recebeu também uma encomenda da associação EMSCAN para desenvolver uma obra para guitarra portuguesa e electrónica fixa. Dentro do mesmo contexto educacional foi-lhe encomendada também uma obra para violino e electrónica fixa pela associação Arte no Tempo, apesar de ainda não ter sido estreada.
Integra as equipas de produção do Projecto DME, Lisboa Incomum e EMSCAN.
Participou ainda em seminários/workshops com Annette Vande Gorne, com a qual teve sessões individuais, Daniel Teruggi, Jonty Harisson, Thomas Gorbach, Enrique Mendonza, Åke Parmerud, Jaime Reis, Franck Bedrossian, entre outros.
Yanis El-Masri é um compositor e multi-instrumentista russo-libanês radicado em Aveiro, Portugal. Atualmente é bolseiro de doutoramento da FCT (2024.06603.BD) a desenvolver o seu doutoramento na Universidade de Aveiro. As suas composições abrangem vários estilos musicais, desde a música erudita ocidental do século XXI, com foco em técnicas de composição que vão desde o poliestilismo, a neomodalidade e elementos de espectralismo, até géneros musicais populares como o jazz fusion, o stoner rock e o post-rock. O seu principal foco de investigação artística prende-se com a implementação ecológica da guitarra elétrica na música erudita ocidental.
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